Nas últimas décadas o Brasil mostrou um crescimento impressionante na indústria cinematográfica, tanto de quantidade quanto de qualidade, mesmo assim o país não consegue chegar a maior premiação do mundo, o Oscar, desde 1999, mas Marte Um pretende quebrar esse jejum.
O drama, dirigido por Gabriel Martins, que conta a história de uma família negra de periferia que luta para realizar seus sonhos, diante uma nova realidade, difícil instaurada após a eleição de um presidente de extrema-direita, foi escolhido para representar o Brasil no Oscar.
Mas ser eleito como representante do país foi apenas o início de uma grande batalha em busca da chance de concorrer a famosa e desejada estatueta dourada, já que o longa ainda tem que encarar a concorrência de produções de 91 países.
![Cena de Marte Um](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_glossy,ret_img,w_1440,h_810/https://epipoca.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Cena-de-Marte-UM-Reproducao-3.jpg)
São 92 filmes concorrendo por apenas cinco vagas, de indicação na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2023, mesma quantidade de inscritos do ano passado, quando o Brasil não teve muita sorte com Deserto Particular, de Aly Muritiba.
O número poderia ser maior, mas África do Sul, Egito, Gana, Malásia, Nigéria, Zâmbia e Rússia não chegaram a inscrever nenhuma produção.
Informações apontam que a decisão de não participar da Rússia foi motivada pelas retaliações que tem sofrido devido à sua guerra contra a Ucrânia, e que isso teria culminado no pedido de demissão do presidente do Comitê Russo para o Oscar, Pavel Chukhray.
![Cena de Marte Um](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_glossy,ret_img,w_1440,h_810/https://epipoca.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Cena-de-Marte-UM-Reproducao-1.jpg)
O chefe do Sindicato Russo dos Cinematógrafos, Nikita Mikhalov, por sua vez, defendeu a decisão, dizendo que vê sentido algum em sujeitar um filme russo a uma competição em um país que nega a existência da Rússia.
Malta não aparece na relação divulgada pela Academia, apesar de ter chegado a anunciar que havia escolhido o drama Carmen para representar o país, e o motivo de sua ausência não foi explicado nem pela instituição responsável pelo prêmio, nem pelo comitê do país europeu.
![Cena de Marte Um](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_glossy,ret_img,w_1440,h_810/https://epipoca.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Cena-de-Marte-UM-Reproducao-2.jpg)
Forcinha
Marte Um tem uma pequena vantagem na corrida por uma das vagas na premiação do Oscar, o filme está contando com o apoio da diretora indicada ao prêmio e vencedora do Emmy pelo documentário A 13ª Emenda, Ava DuVernay.
A cineasta americana comprou os direitos de distribuição do filme brasileiro nos Estados Unidos, onde ele será distribuído pela Array Releasing, que tem ressaltado o longa no exterior, garantindo seu merecimento a uma vaga ao Oscar.
“Gabriel Martins criou um drama repleto de camadas emocionais em sua estreia na direção solo. A Array Releasing tem orgulho de lançar esse filme, que tem a marca de ser a primeira vez que uma escolha do Brasil para o Oscar é dirigida por um negro”, afirmou a presidente da distribuidora americana, Tilane Jones, em entrevista à revista americana Variety.
Lembrando que o Brasil não consegue uma indicação de na categoria de melhor filme internacional no Oscar desde 1999, quando Central do Brasil não só concorreu a maior premiação da indústria do cinema, como marcou a história, ao elevar Fernanda Montenegro a atriz primeira latino-americana a concorrer na categoria de melhor atriz.
Marte Um está disponível em alguns cinemas do país.
Veja o trailer de Marte Um:
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.