Novo 007 desfaz machismo em torno das Bond Girls, diz atriz

Agora que 007 – Sem Tempo Para Morrer já está disponível tem muita gente se perguntando se não teria visto Ana de Armas anteriormente. A atriz começou a aparecer discretamente em Hollywood, e agora é uma figura forte no novo filme de James Bond, o último protagonizado por Daniel Craig.

Mas para ela o título de Bond-Girl já caiu em desuso. Com uma discussão cada vez mais forte de que a presença de mulheres nos filmes do espião mais famoso do mundo são só uma alegoria para sexo fácil, ela tratou de corrigir isso.

“Eu acho que este filme é ‘mulheres Bond’, não tanto ‘Bond Girls’, porque elas são altamente qualificadas, são poderosas e todas elas conseguem mostrar isso à sua maneira. Elas não perdem nada para James Bond”, disparou a atriz em entrevista à CNN.

No filme, Ana interpreta Paloma, uma agente da CIA, incumbida de ir a uma missão com James em Havana. Lá os dois lutam contra bandidos, e isso para atriz significou um tanto de diversão já que ela disse que jamais imaginava conseguir fazer toda a coreografia de luta vestindo um vestido de luxo ultra decotado.

Ela não é a única mulher, no entanto, a ser uma forte presença no filme. Por lá também estão Lashana Lynch, que interpreta Nomi, a agente 007, que pegou o codinome de James depois que ele decide se aposentar no início do longa, e Léa Seydoux como Madeleine Swann, namorada do britânico.

Ana de Armas em 007 - Sem Tempo Para Morrer
Ana de Armas em 007 – Sem Tempo Para Morrer (Divulgação)

O diretor de 007 – Sem Tempo Para Morrer, Cary Joji Fukunaga inclusive revelou que criou a personagem Paloma especialmente para Ana.

“Esse personagem, eu acho que não existia no filme. Foi só [através] de falar com Cary que ele realmente me queria no filme. E eles fizeram acontecer. Então, eu estava na conversa muito antes de se tornar real”.

Ana já trabalhou com Daniel Craig antes

Essa não é a primeira vez que Ana de Armas vai trabalhar com Daniel Craig. Eles já atuaram juntos em Entre Facas e Segredos. Ela interpretou a protagonista Marta Cabreras, uma cuidadora. Curiosamente Ana tinha recusado este papel quando lhe foi oferecido. O motivo? Na descrição da personagem dizia que ela era “muito latina”, e mesmo sendo cubana, a atriz não gostou de ser encaixada num estereótipo.

“As latinas raramente existem no centro de um filme, especialmente no contexto que temos neste filme. Então, por causa da descrição do personagem, minha imaginação imediatamente foi para um retrato que não era necessariamente muito positivo ou emocionante em relação à cultura latina”, explicou.

Depois de ler o roteiro ela percebeu que a personagem não tinha nada de estereotipada como costumava ver em filmes e séries produzidos nos Estados Unidos. Foi um gás para que ela apenas assinasse o contrato.

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