Jordan Peele tem apresentado produções nos últimos anos que atestam seu talento como diretor de terror/suspense, e seus filmes causam um impacto que fazem o público continuar discutindo sobre eles depois de sair do cinema.
O cineasta ganhou reconhecimento no gênero por conta de suas profundas críticas sociais inseridas em seus filmes como Corra! e Nós, que apesar de assustadores também trazem à tona discussões importantes sobre racismo e discriminação social.
Enquanto o desfecho de Corra! é bem mais claro e direto, muitos espectadores terminaram Nós, estrelado por Lupita Nyong’o, com algumas dúvidas. O que o final do filme significa exatamente?
Adelaide, a protagonista do filme, é revelada na verdade ser Red, sua duplicata, que nocauteou e tomou o lugar da original em sua infância, dentro da casa de espelhos. Abandonada no subterrâneo, Adelaide teve anos e anos para planejar e executar sua vingança.
Depois de conseguir derrotar a inimiga, Red/Adelaide consegue manter sua família a salvo e, embora seu filho Jason pareça ter reconhecido que sua mãe na verdade é um dos Atrelados, ela sorri para ele de maneira sinistra.
Jason contou em participação no Empire Podcast que a ideia do fim do filme é que a moral da história sugere que os vilões da história não são externos, mas que o mal somos nós mesmos:
“O filme é sobre a concepção de que talvez o monstro seja você. É sobre a gente meio que olhar para dentro de si como indivíduos e como um grupo. A protagonista de um filme serve como a representação do espectador.”
“Então eu senti que, no fim das contas eu não iria fazer justiça ao tema central do filme se eu não revelasse que tínhamos sido o vilão o tempo todo. Nós estávamos seguindo e torcendo pelo vilão do filme”, explicou.
“Eu acho que aquele sorrisinho que ela dá pode significar muitas coisas. Eu acho que é a conexão com o mal que ela teve um dia como uma menininha, mas também é a alegria em entender que a família dela tinha ficado mais forte por conta daquela experiência.”
Diretor lança minissérie de terror em áudio
Recentemente, Jordan anunciou que iria se aventurar em outros tipos de mídia.
Ele divulgou a estreia de Quiet Part Loud, história lançada em formato de podcast que conta uma traba envolvendo os Estados Unidos Pré-Trump.
“Eu estou sempre procurando por maneiras novas de explorar e inovar nos gêneros de contação de histórias. […] Eu queria fazer o podcast mais assustador de todos os tempos.”
Quiet Part Loud já tem todos os seus 12 episódios no Spotify. Nós está disponível digitalmente para compra ou aluguel através do YouTube, Google Play Filmes, Apple TV e Prime Video.
O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.
Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
