Netflix não trabalhará com Globo de Ouro até que prêmio mude postura

Apesar da promessa de reforma da Hollywood Foreign Press Association, segundo o Deadline, a Netflix, por meio de seu co-CEO, Ted Sarandos, afirmou que não vai trabalhar com o grupo Globo de Ouro até que mudanças significativas sejam feitas.

“Como muitos em nosso setor, esperamos pelo anúncio de hoje na esperança de que você reconheça a amplitude dos problemas enfrentados pelo HFPA e forneça um roteiro claro para mudanças”, Sarandos escreveu em uma ao Comitê de Liderança da HFPA.

O comunicado do executivo foi divulgado na última semana, após a votação de uma proposta de inclusão e revisão, apresentada pelo diretoria, que obteve voto de 75 dos 86 membros da HFPA.

Mudanças têm sido exigidas após escândalo ocorrido pouco antes da mais recente transmissão do Globo de Ouro, ao se constatar que o grupo não tinha sequer um representante negro.

Para piorar tudo, o ex-presidente e recém-nomeado conselheiro de Diversidade e Inclusão, Shaun Harper e a inspiração de escândalo, Judy Smith, renunciaram a seus cargos, após constatação de que teriam feito comentários racistas.

Após pressão da NBC, que transmite o Globo de Ouro, esperava-se que mudanças radicais fossem realizadas imediatamente, mas segundo o CEO da Netflix, as propostas atuais não são o suficiente.

“A votação de hoje é um primeiro passo importante. No entanto, não acreditamos que essas novas políticas propostas, especialmente em relação ao tamanho e velocidade do aumento de sócios, vão enfrentar a diversidade sistêmica e os desafios de inclusão da HFPA, ou a falta de padrões claros de como seus membros devem operar”, ele afirmou.

 

Globo de Ouro (Divulgação)

Na tentativa de forçar uma atitude mais drástica e ágil por parte da HFPA, Sarandos foi firme na posição da plataforma de streamimg em cessar trabalhos com o grupo até que tudo se resolva.

“Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas. Sabemos que você tem muitos membros bem-intencionados que desejam uma mudança real, e que todos nós temos mais trabalho a fazer para criar uma indústria igualitária e inclusiva. Mas a Netflix e muitos dos talentos e criadores com que trabalhamos não podem ignorar o fracasso coletivo da HFPA em abordar essas questões cruciais com urgência e rigor.”

A HFPA respondeu a carta do CEO da Netflix, por meio de uma declaração de seu presidente Ali Sar, afirmando já estar agindo para corrigir os problemas.

“Ouvimos suas preocupações sobre as mudanças que nossa associação precisa fazer e queremos garantir que estamos trabalhando diligentemente em todas elas. Gostaríamos muito de nos encontrar com você e sua equipe para que possamos revisar as ações muito específicas que já estão em andamento. Um diálogo aberto ajudaria a garantir que estamos tratando dessas questões o mais rápido possível”, ele salientou.

A Netflix não foi a única a se posicionar firmemente em relação ao problema da HFPA, até agora 100 empresas globais de RP já afirmaram publicamente que não trabalharão como os eventos promovidos pelo grupo, até que essas questões sejam resolvidas de maneira objetiva e satisfatória.

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