Produtores de Emily in Paris são acusados de comprarem indicação ao Globo de Ouro

Muitas pessoas ficaram impressionadas quando souberam que a série Emily in Paris da Netflix conseguiu uma indicação ao Globo de Ouro.

O anúncio gerou bastante indignação no início deste mês, com os críticos condenando sua inclusão no lugar do poderoso drama de Michaela Coel, I May Destroy You. Até mesmo uma roteirista de Emily in Paris se apresentou para expressar sua ‘raiva’ por seu programa ser indicado ao invés do de Coel.

Agora, algumas investigações que estão acontecendo parecem mostrar que há muito mais fogo de onde saiu a fumaça do que se esperava.

O Los Angeles Times decidiu investigar a Hollywood Foreign Press Association (Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood) (HFPA) – o grupo de 87 jornalistas internacionais responsáveis pela indicação ao Golden Globe Awards – e fez acusações de que a série teria comprado sua indicação.

Segundo as informações divulgadas pelo jornal, no ano de 2019, mais de 30 membros do HFPA voaram para a França para visitar o set onde estavam ocorrendo as gravações de Emily in Paris.

Enquanto estava lá, o grupo foi agraciado com uma estadia de duas noites no Peninsula Paris Hotel de cinco estrelas, onde os quartos custam a partir de 1.400 dólares por noite.

Além disso, os jornalistas também teriam participado de uma coletiva de imprensa e almoçado no Musée des Arts Forains, um “museu privado com atrações de 1950”. Tudo isso teria sido uma ‘gentileza’ da Paramount Network, responsável pelo show.

“Eles nos trataram como reis e rainhas”, disse um membro ao LA Times.

Essa situação só faz alimentar os rumores de que há bastante corrupção envolvendo o HFPA, com o LA Times relatando que “há uma percepção generalizada de que os membros ainda podem ser enganados e influenciados com atenção especial e acesso a estrelas da lista A com quem eles podem tirar selfies para postar no Instagram.”

Em declarações ao LA Times, um atual membro do HFPA teria dito ainda que a organização é totalmente “arcaica” e “precisa de pressão externa para mudar”.

Ao referir-se especificamente à nomeação de Emily in Paris entre os indicados deste ano, essa mesma pessoa afirmou que

“Houve uma reação real e com razão – aquele programa não pertence a nenhuma lista dos melhores de 2020. É um exemplo de por que muitos de nós afirmamos que precisamos mudar. Se continuarmos a fazer isso, convidamos a crítica e escárnio.”

Apesar do escândalo, a série segue indicada e continua com sua segunda temporada garantida.

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