Diretor de filmes sobre Suzane Richthofen precisou desmentir fake news

Nesta sexta-feira (24) estreou na Amazon Prime Video, os dois filmes sobre um crime que chocou o país em 2002. A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais se prende às versões diferentes do crime relatada pelos acusados de matar Manfred Albert von Richthofen e Marisia von Richthofen.

Com menos de duas horas de duração cada filme, a narrativa é apresentada pelos protagonistas a partir do que seria os depoimentos dados por Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt) e Suzane von Richthofen (Carla Diaz). As primeiras cenas são ambientadas no primeiro dia do julgamento dos criminosos, que ocorreu no ano de 2006, quatro anos após os assassinatos.

Apesar das muitas críticas feitas à Carla Diaz pelo público que assistiu aos filmes no último final de semana, a atriz consegue entregar uma performance consistente dentro da proposta do diretor Maurício Eça.

Em alguns momentos em O Menino que Matou Meus Pais, Diaz parece uma caricatura de uma mocinha de folhetim. Mas após assistir ao segundo filme o espectador consegue compreender que esta é a perspectiva de Eça sobre o que a própria Suzane relata nos autos do processo.

Como o cinema brasileiro não é especialista no gênero true crime, o público pode ter estranhado ver um filme tupiniquim que se arrisca a retratar a história de um crime, conhecido em todo o país.

Obviamente, a expectativa sobre a produção e algumas dificuldades orçamentárias podem prejudicar filmes do tipo, que costumam ser caros e difíceis de serem produzidos.

Carla Diaz em A Menina que Matou os Pais (Divulgação)
Carla Diaz em A Menina que Matou os Pais (Divulgação)

Vale lembrar que os dois longas não foram produzidos com incentivo governamental e é uma produção feita a partir de recursos do setor privado.

Após surgirem muitas críticas e fakes news alegando que os filmes foram viabilizados pela Lei Rounaet, os produtores lançaram uma nota desmentindo essa informação.

A recomendação de Eça é que os filmes sejam assistidos na seguinte ordem: O Menino que Matou Meus Pais sendo visto primeiro e A Menina que Matou Seus Pais por último.

Como os filmes foram lançados em um serviço de streaming este formato para contar a história sob duas perspectivas diferentes é mais viável, o que leva a reflexão em como se daria esse processo caso os dois longas fossem lançados no cinema.

Misturando ficção com realidade, os longas têm roteiro de Ilana Casoy e Raphael Montes. Casoy, que é especialista em criminologia é responsável por publicar um livro sobre o caso intitulado Casos de família: 01. Arquivos Richthofen.

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