Netflix emite declaração sobre a paralisação de funcionários transexuais

Após um grupo de funcionários da Netflix deflagrar uma paralisação das suas atividades, a gigante do streaming decidiu emitir uma declaração sobre o movimento. Os organizadores da paralisação pretendem exigir da empresa uma melhor representação da população transexual.

A greve foi estimulada pela reação contra os comentários transfóbicos no último especial stand-up da Netflix de Dave Chappelle, The Closer. Agora o serviço de streaming diz apoiar a paralisação daqueles que se sentiram ofendidos pelos comentários do comediante.

“Valorizamos nossos colegas e aliados trans e entendemos a profunda mágoa que foi causada. Respeitamos a decisão de qualquer funcionário que opte por sair e reconhecemos que temos muito mais trabalho a fazer tanto na Netflix quanto em nosso conteúdo”, disse um porta-voz da empresa.

A paralisação foi marcada para esta quarta-feira (20) às 10h30. Os organizadores estarão presentes em um escritório da Netflix em Hollywood, onde apresentarão uma lista de “pedidos firmes” ao co-CEO e diretor de conteúdo da empresa, Ted Sarandos.

Os grevistas estão trabalhando para publicar um anúncio de apoio à causa que inclui a participação de Jonathan Van Ness do Queer Eye, a estrela de She-Hulk Jameela Jamil, Sara Ramirez, Angelica Ross, TS Madison, Eureka O’Hara e Colton Haynes.

Queer Eye (Divulgação)

A comissão originalmente se dirigiria para a sede do edifício Epic da Netflix, e foi transferida para um escritório próximo da localidade ontem.

A declaração da Netflix foi dada posteriormente a Sarandos admitir em entrevista com o Deadline na noite passada que a reação interna à polêmica foi impactante.

“Eu estraguei a comunicação interna – e não me refiro apenas mecanicamente. Eu sinto que deveria ter feito questão de reconhecer que um grupo de nossos funcionários estava sofrendo muito com a decisão tomada, e eu deveria ter reconhecido antecipadamente antes de racionalizar a dor que eles estavam passando. Digo isso porque os respeito profundamente e adoro a contribuição que eles têm dado à Netflix. Eles estavam sofrendo, e eu deveria ter reconhecido isso primeiro. “

A jornalista transexual Ashlee Marie Preston usou o Twitter para convidar outros artistas e o público a se juntar ao movimento. A postagem também informava o endereço onde os organizadores se encontrarão com Sarandos.

“Nesta quarta-feira, o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, receberá pedidos / demandas firmes dos funcionários da Netflix que também compartilharemos com os membros da imprensa e participantes do protesto. A solidariedade transcultural é uma força indomável que move todos nós para a frente. Venha e junte-se a nós.”

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