O ator Matt Damon aproveitou sua participação esta semana no podcast WTF, de Marc Maron e abriu o jogo sobre o que pensa do filme A Grande Muralha, no qual atuou no ano de 2016.
Ele brincou que sua própria filha de 15 anos é uma das críticas de sua carreira e “gosta de irritar” o próprio pai quando o assunto são seus filmes.
A garota, chamada Isabella teria dito que o protagonista, William Garin, interpretado por Damon, é realmente um dos piores de toda a sua carreira.
O filme foi um verdadeiro fracasso e deu prejuízo ao estúdio, já que arrecadou 334 milhões de dólares em bilheterias ao redor do mundo contra os 150 milhões de dólares que recebeu de investimento.
Entretanto, o ator disse ainda que nem precisava que sua filha apontasse os defeitos da produção já que ele mesmo já havia se dado conta disso no momento em que ainda estava trabalhando nas filmagens.
O problema, para ele, foi quando o diretor Zhang Yimou precisou modificar sua ideia principal para o longa em função das exigências de patrocinadores em Hollywood e a pressão que eles fizeram.
“Eu estava tipo, é exatamente assim que os desastres acontecem. Não é coerente. Não funciona como um filme.”, disse ele.
“Passei a considerar isso a definição de um ator profissional; sabendo que você está em uma bomba e pensando: ‘ok, eu tenho mais quatro meses. É o cerco ao amanhecer em Hamburger Hill. Definitivamente vou morrer aqui, mas vamos lá’”, explicou ele sobre a experiência que teve com o filme.
“Isso é tão ruim quanto você pode sentir criativamente, eu acho. Espero nunca mais ter essa sensação.”
Filme ainda sofreu com acusações de racismo no enredo
Outro problema com A Grande Muralha foram as acusações de racismo que ele sofreu. A crítica culpou o enredo por perpetuar o velho estereótipo do ‘salvador branco’, que surge em uma cultura que não é a sua e se torna o grande herói.
No filme, o personagem de Matt Damon é um guerreiro mercenário europeu que ajuda os chineses no combate a invasores alienígenas.
Damon disse que não estava pensando em raça quando leu o roteiro, e se defendeu dizendo:
“Eu vi o filme exatamente com o mesmo enredo de Lawrence da Arábia, Dança com Lobos [e] Avatar. É um estranho chegando em uma nova cultura, encontra valor na cultura, traz alguma habilidade de fora que os ajuda em sua luta contra o que quer que seja e todos eles estão mudados para sempre.”
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.
