Maggie Gyllenhaal comenta sua indicação de A Filha Perdida ao Oscar

Maggie Gyllenhaal está muito satisfeita de ter A Filha Perdida entre os nomes de produções indicadas para receber o Oscar em 2022.

A artista estreou na cadeira de diretora e também como roteirista com o drama estrelando Olivia Colman e Jesse Buckley, ambas indicadas para a premiação. Maggie também recebeu uma indicação como Melhor Roteiro Adaptado.

A produção é uma adaptação do livro de mesmo nome de Elena Ferrante, e foi produzida por Maggie em parceria com as produtoras Talia Kleinhendler e Osnat Handelsman-Keren.

Em bate-papo com a Deadline, Maggie admitiu que, apesar de ficar muito empolgada com as indicações do filme, não esperava esta resposta positiva. Ela contou que assim que se sintonizou para acompanhar as indicações, Jesse apareceu na lista para Melhor Atriz Coadjuvante:

“Eu liguei na transmissão para assistir e o primeiro nome que foi anunciado foi Jesse Buckley. Eu acho que ela é simplesmente uma atriz extraordinária e eu acho que ela está maravilhosa no filme. E não era uma coisa certa de maneira alguma, você sabe, eu não sei. Eu não sei se alguém realmente esperava que isso fosse acontecer.”

Maggie também falou sobre como o filme traz uma experiência feminina que não é mostrada da maneira que deveria em filmes que já existem. Segundo ela, só uma mulher dirigindo conseguiria contar a história corretamente sob a lente certa:

“Como não há nem perto da quantidade suficiente de mulheres dirigindo, então aspectos da nossa experiência não vão ser expressados. Quer dizer, existem homens que nos observam muito bem mas também vão existir pontos cegos, então estas experiências pessoais não vão ser expressadas até que mulheres sejam as pessoas fazendo os filmes.”

Novas formas de contar histórias precisam aparecer, diz diretora

Leda Caruso (Olivia Colman) em A Filha Perdida (Reprodução / Netflix)
Leda Caruso (Olivia Colman) em A Filha Perdida (Reprodução / Netflix)

A indicação de A Filha Perdida mostra como a Academia está interessada nesta maneira diferente de contar histórias de mulheres, e que a expressão destes pontos de vista são atraentes para o público e para a crítica.

Maggie contou como enxerga o futuro de Hollywood, e que ela espera que seja aberto muito mais espaço para que experiências diferentes do que sempre foi apresentado, e que assim os espectadores vejam que há muito mais aí fora do que o “feijão com arroz” que sempre esteve no cinema:

Nós nos acostumamos com um certo tipo de contação de histórias, um certo tipo de linguagem, um certo tipo de heroi e heroína que se parecem e agem de certa maneira. Eu acho que quando se faz espaço para novas perspectivas, todas estas coisas irão mudar incluindo a linguagem e nós veremos filmes que terão perspectivas diferentes, que elas são valiosas. Que as pessoas se envolvem, que as pessoas querem algo novo. Nós nos damos conta que a linguagem usada nos filmes não é a única. E eu tenho muito interesse em ver como são estas novas linguagens.”

A Filha Perdida está disponível na Netflix.

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