Depois de um grande hiato, American Crime Story finalmente estreou sua terceira temporada. Porém, com a chegada do primeiro episódio, a história também pode estar ganhando um novo ponto de vista.
No começo de 1998, Linda Tripp se tornaria a “vilã” do Caso Lewinsky, por entregar fitas ao FBI, com gravações de suas conversas com Monica Lewinsky, confirmando que estagiaria e o então presidente dos Estados Unidos, Bill Cliton, mantinham uma relação extraconjugal.
Contudo, em American Crime Story o ‘estereótipo’ de vilã que caiu sobre Linda Tripp pode ser um pouco aprofundado. Na visão de uma produtora, a série pode fazer da saga de Lewinsky algo mais do que apenas a ‘vilã da história’.
Numa entrevista para a Variety, a showrunner e produtora executiva de Impeachment, Sarah Burgess, revelou que mudou a visão que tinha de Linda Tripp, durante suas pesquisas para escrever a série. “Ela era como uma vilã de desenho animado na história”, explicou a produtora.
“A verdade é que, à medida que eu pesquisava mais, ela se tornava profundamente fascinante para mim e eu sentia um verdadeiro carinho por essa pessoa que fez uma coisa terrível, mas isso não significa que a coisa está OK.”
Mais adiante na conversa, Burgess comenta que encara Linda Tripp como a “mãe” do Caso Lewinsky, pois foi justamente ela quem tornou a história pública.
“Linda é uma personagem muito ativa, que de certa forma é a autora desta história porque ela é responsável por tornar isso público, então eu senti como se estivesse colocando a história em suas mãos”, ela explica.
Além de também afirmar que por causa da forma como Linda Tripp foi descrita para o mundo, a sua figura poderia ser aprofundada de outra forma na produção.
“Eu senti uma grande responsabilidade de fazer o certo por ela e também dar a ela todas as dimensões da humanidade. Senti liberdade ao escrevê-la porque quando um personagem é descrito internacionalmente como um vilão, isso dá a você uma liberdade ampla para explorar outras partes dele.”
Burgess ainda foi além e disse que iria mergulhar o mais fundo que pudesse no ponto de vista de Tripp enquanto escrevia, reconhecendo que “todos nós temos uma visão distorcida do mundo e de nosso lugar nele”. E para evitar “contaminar a história”, a produtora afirmou que lia os roteiros constantemente para enxergar a história com os novos pontos de vista.
Mais sobre Impeachment: American Crime Story
Da mesma forma como várias outras produções da televisão, American Crime Story é baseada em fatos reais, nesse caso as acusações de abuso, conduta imprópria e o caso extraconjugal do então presidente Bill Clinton e sua estagiária, Monica Lewinsky.
Nos novos episódios, a série deve desviar seu foco para a relação entre Monica e Linda, além de retratar a traição de Linda, que entregou sua amiga para o FBI, tornando sua relação com Bill Clinton pública.
A terceira temporada de American Crime Story estreou nos Estados Unidos em 7 de setembro. No Brasil, é possível encontrar a primeira temporada da série na Netflix.
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Baiano, mas nascido em São Paulo, sou fascinado pelo cinema e a cultura pop e hoje me dedico à redação do ePipoca.
