Haaz Sleiman se enfurece com censura a Eternos no Oriente Médio: “Ignorantes e patéticos”

O ator Haaz Sleiman, do novo filme Eternos, FALOU sobre a importância da representação LGBTQIA+ no mundo, em especial no Oriente Médio em entrevista com a Variety.

Ele também DEU sua opinião sobre o banimento do filme em diversos países, entre eles a Arábia Saudita, o Qatar e o Kuwait.

Haaz CONFESSOU que ficou à beira das lágrimas quando soube da atitude do estúdios da Disney frente às ameaças de banimento em diversos países no Oriente Médio:

“Eles mantiveram o pé firme no chão e falaram: ‘nananinanão, não vamos comprometer a integridade do nosso filme’. Isso fez estes países árabes parecerem ignorantes e patéticos.”

O ator de 45 anos interpreta Ben, um humano que é o marido do Eterno Phastos, interpretado por Brian Tyree Henry. Junto, o casal cria um filho.

Sleiman nasceu nos Emirados Árabes Unidos e foi criado em uma família muçulmana no Líbano, onde viveu até mudar-se para os Estados Unidos em 1997.

Haaz se assumiu gay em 2017 em resposta a dados alarmantes de crimes de LGBTfobia no país no ano anterior. Ele DEMONSTROU repúdio à atitude retrógrada, e disse esperar que isso pelo menos sirva para que as pessoas LGBTQIA+ dos países se levantem contra esta injustiça:

“Eu não tenho respeito algum por estes governos. Eles têm demonstrado para o mundo todo que eles não apenas são uma desgraça para a humanidade, mas também para Deus. Com sorte isto irá inspirar as pessoas sauditas, as pessoas kuwaitianas e as pessoas em Qatar a lutar de volta”

Em Eternos, Phastos (Brian Tyree Henry) e Ben (Haaz Sleiman) são casados e criam um filho juntos (Reprodução)
Em Eternos, Phastos (Brian Tyree Henry) e Ben (Haaz Sleiman) são casados e criam um filho juntos (Reprodução)

Ator sente orgulho de poder representar o povo queer do Oriente Médio

Na maior parte dos países do Golfo, a homossexualidade ainda é ilegal. Da mesma maneira, o governo pode decidir retirar de circulação qualquer produto artístico ou de entretenimento que trate da questão LGBTQIA+.

Haaz CONTOU que realizou um sonho quando pôde interpretar o papel, fazendo história como o primeiro casal abertamente gay em um filme da Disney.

Ele também sente orgulho de poder trazer representatividade para as pessoas queer do Oriente Médio, que terão a chance de ser verem no filme:

“É uma coisa além de um sonho realizado, é um salvador de vidas. Eu gostaria de ter tido isso quando eu era um garoto, ver isso. Meu deus. Eu queria! Você consegue imaginar quantas vidas isso aqui vai estar salvando: crianças, pessoas queer jovens, que são vítimas de bullying, que estão cometendo suicídio e não vendo eles sendo representados? E agora eles tem a chance de ver isso. É algo que vai além de tudo.

Mas mesmo com o banimento, eles serão capazes de ver a representação do filme? Segundo Haaz sim. Não existe maneira de proibir uma coisa destas, um absurdo na opinião dele. Ele DISSE que tem certeza que quem quiser mesmo assistir, vai conseguir arranjar uma maneira:

“Eles vão achar uma forma de assistir, mesmo que seja ilegal. E eles podem mostrar o dedo do meio para os governos deles. Porque mesmo quando o filme é banido, existe uma maneira.”

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