Filmes protagonizados por mulheres não-brancas bate recorde, revela pesquisa

Pesquisa é feita desde 2007

De acordo com o site The Wrap, um estudo feito pelo USC Annenberg Inclusion Initiative, mostrou que a representação de mulheres não-brancas como protagonistas de filmes aumentou entre 2021 e 2022.

O estudo mostrou que meninas e mulheres não-brancas protagonizaram ou estavam junto ao protagonista em 16% do lançamentos do cinema de maior bilheteria de 2022. Isso é um aumento de 5% em relação ao ano anterior.

Anteriormente, mulheres protagonizava apenas 41% de filmes em 2021, assim houve um aumento de 3% e agora mulheres lideram cerca de 44% dos filmes.

O estudo ainda apontou que os principais filmes deste ano não atingiram o limite do Censo dos EUA, que conta com cerca de metade da população como feminina.

Porém, esses números são significativos no contexto de toda a pesquisa, que analisou 100 filmes por ano de 2007 a 2022, ou 1.600 filmes no total. Em 2007, apenas um filme foi estrelado por uma mulher não-branca contra 16 filmes em 2022

O estudo ainda observou que dois filmes tiveram a participação de não-binários de cor, sendo Janelle Monáe em Glass Onion: Um Mistério Knives Out e Amandla Stenberg em Morte Morte Morte.

2022 também marcou o maior número de mulheres sub-representadas e protagonistas não-binários em todos os anos pesquisados.

Mulheres maduras estão tendo mais espaço

Keke Palmer como Emerald Haywood em Não! Não Olhe!
Keke Palmer como Emerald Haywood em Não! Não Olhe! (Reprodução)

A pesquisa também apontou que 35 filmes de 2022 apresentaram um protagonista de 45 anos ou mais, enquanto mulheres da mesma faixa etária estrelaram apenas 10.

São três a mais do que a seleção do ano passado e nove a mais do que a de 2007. Além disso, cinco dos filmes de 2022 nesta categoria estrelaram mulheres de cor, em comparação com 2021 que teve zero.

Em relação aos estúdios, a Lionsgate apresentou o maior número de protagonistas de identificação feminina e atores sub-representados, seguidos pela Paramount e depois pela Universal.

Disney, Sony e Warner Bros. apresentaram protagonistas com identificação feminina ou sub-representadas em cerca de um terço de seus lançamentos.

Comentários sobre a pesquisa

Angela Bassett como Ramonda em Pantera Negra: Wakanda para Sempre (Reprodução / Marvel)
Angela Bassett como Ramonda em Pantera Negra: Wakanda para Sempre (Reprodução / Marvel)

“O progresso das mulheres de cor em papéis de liderança é encorajador”, disse a Dra. Stacy L. Smith, fundadora da Annenberg Inclusion Initiative. Ela acrescentou que ainda há trabalho a ser feito.

“Já passou da hora da indústria cinematográfica reconhecer que as histórias sobre mulheres negras têm lugar nos cinemas. Meninas e mulheres de cor são 20% da população dos EUA, mas a indústria cinematográfica não garantiu que isso é o que o público vê na tela. Com esforço e responsabilidade, esse limite é aquele que não só pode ser alcançado, mas facilmente superado”.

A principal autora do estudo, Katherine L. Neff, achou os resultados “decepcionantes”. Ela disse:

“A falta de progresso para mulheres e pessoas de cor em papéis de liderança por mais um ano é decepcionante. A indústria cinematográfica deve reconhecer que, embora as histórias que ela cria apresentem locações fantásticas, o público deste mundo ainda quer ser refletido na tela”.

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