“Filme queimado” de ator o deixou de fora de Me Chame Pelo Seu Nome

Shia LaBeouf teria sido a primeira escolha para contracenar com Timothée Chalamet em Me Chame Pelo Seu Nome, mas o filme do ator estava queimado demais. Quem conta sobre isso é o “quase” diretor do filme e roteirista vencedor de um Oscar, James Ivory, conta em seu novo livro de memórias, Solid Ivory.

Shia teria tido uma química ótima com Timothée, o que deixou os diretores impressionados. A escalação do ator era dada como certeza absoluta:

“Shia veio fazer um teste com a gente em Nova Iorque com o Timothée Chalamet, ele pagou pela própria passagem de avião, e [o diretor Luca Guadagnino] e eu ficamos completamente pasmos com ele. A leitura do roteiro por aqueles dois atores jovens tinha sido sensacional. Eles fazia um casal quente que convencia.”

James conta que a participação de LaBeouf no filme acabou sendo vetada depois que o ator começou a aparecer de forma não muito agradável na mídia. O ator foi preso em 2017 acusado de intoxicação pública e conduta desordeira, e também foi acusado de abuso por inúmeras mulheres, entre elas as cantoras FKA Twigs e Sia.

Shia LaBeouf
Shia LaBeouf (Divulgação)

O ator também já havia aparecido nos tabloides quando brigou com a namorada, a atriz Mia Goth, no meio da rua. Ambos saíram de um táxi aos gritos, e Mia foi vista no da seguinte com um olho roxo. Nada disso teria agradado aos diretores, sobretudo Luca Guadagnino:

“Ele saiu no braço com a namorada dele; ele engrossou com a polícia em algum lugar por aí quando tentaram acalmar ele. O Luca não queria ligar pra ele, nem pro agente dele. Eu mandei um email pro Shia pra oferecer uma palavra de conforto, mas aí o Luca chamou o Armie Hammer pro papel e nunca mais falou com, ou tocou no nome do Shia de novo.”

Codiretor também foi demitido do filme

James, que inicialmente foi contratado para dirigir o filme junto com Luca, conta que antes mesmo das gravações do filme começarem, os estúdios resolveram mandar ele embora:

“A última vez que eu vi o Luca foi antes de começar [as filmagens], e Nova Iorque, quando eu ainda achava que estaria codirigindo o filme com ele; a gente até brincava sobre o que poderia acontecer se a gente começasse a brigar no set, e ria muito sobre o assunto. Eu fiz planos de ir pra Crema depois do Festival de Cannes em maio […] e daí eles me dispensaram. Nunca me disseram porque, nem o Luca nem ninguém. Só vieram com aquela de ‘foi decidido que’.”

O livro Solid Ivory será lançado nas livrarias e digitalmente no dia 2 de novembro.

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