Explicada a razão por que os humanos não podem falar em Planeta dos Macacos

Planeta dos Macacos é uma franquia de filmes que revela um futuro no qual os humanos são incapazes de falar, mas qual teria sido a razão para isso acontecer? Um vírus, alguma mutação, um processo de involução da espécie?

Nos dois primeiros filmes originais, os restos da humanidade são mostrados como seres completamente incapazes de falar ou de manterem qualquer tipo de comunicação sofisticada.

O clássico filme de 1968 trouxe aos espectadores um mundo de completo caos e pesadelo no qual a Evolução havia simplesmente alterado o rumo de todas as coisas colocando os macacos no domínio da Terra, com uma espécie superior em um cenário pós-apocalíptico no qual os humanos foram reduzidos a meros animais a nível de primatas, completamente vulneráveis à caça, experimentação científica e todo o nível de brutalidades que humanos da vida real impõem a espécies consideradas inferiores.

Assim, a fim de entender os motivos pelos quais os seres humanos foram retratados dessa forma, é necessário fazer uma viagem pela tradição da série de filmes em textos, spin-off e até mesmo no romance original que a inspirou.

Conforme foi revelado no final do Planeta dos Macacos original, o fim da humanidade aconteceu por suas próprias mãos através de uma guerra atômica que devastou a Terra, deixando-a irreconhecível.

Apenas algumas pequenas bolsas de vegetação continuaram a existir e foi dentro delas que os macacos conseguiram começar a construir uma nova civilização com a ajuda do trabalho humano.

No final original, foi mostrado que o chimpanzé César que conseguiu levar seu povo à liberdade defendia a igualdade entre humanos e macacos, mas, infelizmente ela não existia e, ao longo dos séculos seguintes, a relação entre as duas espécies continuou se degradando.

Cena de Planeta dos Macacos (Reprodução)
Cena de Planeta dos Macacos (Reprodução)

No final, a verdadeira razão para os humanos perderem suas vozes aconteceu por três motivos: mutação, subjugação e desmoralização.

Os humanos, então, passaram de meros trabalhadores a escravos e depois, animais de estimação.

O universo expandido dos macacos também mostrou que várias gerações de desmoralização resultaram em menos inteligência e menos força de vontade entre os humanos.

Isso tudo aliado à radiação dos desertos contaminados do planeta, chamados de ‘Zonas Proibidas’, levou à degeneração de suas cordas vocais com o tempo e, a cada nova geração, por uma questão evolutiva, cada vez menos humanos podiam falar.

Embora nenhum desses dramas tenham sido representados na tela, um exemplo desse tipo de involução mental foi retratado no livro de Pierre Boulle, La Planète des Singes (O Planeta dos Macacos), que inspirou a franquia de filmes.

No livro, três astronautas chegavam a um planeta habitado por símios inteligentes, e um deles é capturado pelos macacos. Posteriormente, o líder da expedição desaparece e reaparece no final do romance preso em uma gaiola como um animal.

Foi exatamente esse mesmo princípio perturbador que inspirou a perda das vozes dos humanos no filme Planeta dos Macacos.

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