Ex-traficante processa Netflix por uso de sua história em série

Aos 61 anos, ela pede indenização de 40% do lucro para as empresas envolvidas

Sandra Ávila Beltrán, conhecida como a Rainha do Pacífico, está processando a Netflix e o canal Telemundo por não lhe pagarem para usarem sua história na série A Rainha do Sul.

Sandra foi integrante do cartel mexicano e ficou conhecida como La Reina del Pacífico. Ela foi presa em setembro de 2007 acusada de crime organizado e formação de quadrilha para o tráfico de drogas.

A série estreou em 2016 no streaming e conta com cinco temporadas. Aos 61 anos, Sandra moveu um processo na justiça contra os produtores por não pagarem sobre o uso da sua imagem, na produção A Rainha do Tráfico, que também é baseada em sua carreira criminosa.

A série foi estrelada por Kate Del Castillo e também contou com a atriz brasileira Alice Braga.

Atriz brasileira Alice Braga em A Rainha do Sul (Foto Reprodução Instagram)

A Rainha do Pacífico pede 40% de todo lucro arrecadado nas produções

Segundo informações do processo judicial, Sandra está pedindo cerca de 40% de todo lucro das empresas envolvidas das duas produções: Rainha do Sul e A Rainha do Tráfico.

Ambas as produções são baseadas no livro The Queen of The South (A Rainha do Sul), do escritor Arturo Pérez Reverte, lançado em 2002. A obra de ficção retrata a vida da traficante Teresa Mendonza, inspirada em Beltrán, que acaba se envolvendo com o quartel de drogas depois da morte do seu namorado.

O advogado de Sandra, Israel Razo, relatou ao jornal mexicano Milenio sobre a exposição da vida dela e o interesse em lucrar em cima da sua história. A Netflix se manifestou:

“Existe um interesse público em falar sobre uma pessoa acusada de um crime que trouxe inúmeras violências e vítimas a este país”, disse o streaming em comunicado conjunto com a Telemundo ao Instituto de Propriedade Industrial do México (IMPI).

“Ambas as empresas agiram injustamente com a intenção de prejudicar minha imagem e ganhar dinheiro com isso. Quando usaram a minha imagem e meu nome, buscaram aumentar a curiosidade do público e obter um benefício financeiro com isso”, informou Sandra por meio de um comunicado ao órgão de direitos autorais.

A justiça do México ainda analisa o processo e irá decidir se Sandra será indenizada pelas empresas. Caso ela ganhe, será a primeira vez que um traficante de drogas é indenizada por usarem sua imagem em uma produção.

Sandra Ávila Beltrán (Foto Reprodução Instagram)

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