Para muitos, é quase inconcebível imaginar a franquia de Guardiões da Galáxia sem direção do cineasta James Gunn, porém isso quase aconteceu.
Em 2018, após a bem sucedida estreia de Guardiões da Galáxia Vol.2, James Gunn se envolveu numa grande polêmica, no Twitter, e deixou os estúdios da Marvel, colocando o futuro do terceiro filme em risco.
Na época, uma série de tweets do cineasta, envolvendo piadas sobre Holocausto, pedofilia, estupro, dentre outras coisas, vieram à tona. Pouco depois, em resposta à grande polêmica, a Marvel demitiu Gunn.
Contudo, a decisão não durou muito tempo e pouco depois, o estúdio de Kevin Feige anunciou que o cineasta voltaria para a direção de Guardiões da Galáxia Vol.3.
Quando o escândalo de Gunn explodiu, o diretor já estava trabalhando na metade do roteiro para o terceiro filme da franquia. Na época, apoiadores do então presidente, Donald Trump, divulgaram os tweets que foram postados na rede social, em 2010.
A produção do longa foi colocada em pausa e o diretor se desculpou pelas publicações. Na época, o elenco do filme se posicionou fortemente nas redes sociais a favor do diretor. Jornalistas fizeram o mesmo. Todos queriam a volta de Gunn na Marvel e, com outros diretores se recusando a continuar com o projeto, a situação se agravou.
Medo? Marvel muda de ideia
Após sua demissão da Marvel, Gunn não abandonou as histórias de super-heróis e, numa oportunidade ousada, o cineasta recebeu uma oferta para trabalhar com a DC.
O estúdio da Warner, que é o principal concorrente da Marvel, estava planejando lançar o segundo filme do Esquadrão Suicida e ofereceu, para James Gunn, a direção do longa.
Com a liberdade criativa oferecida pela Warner, o diretor não hesitou, se mudou para casa do Batman e começou a trabalhar em sua própria versão do Esquadrão Suicida.
Porém, ao mesmo tempo, a Marvel se viu numa situação de insistência do seu público e do mundo do entretenimento, para que Gunn voltasse para direção do terceiro filme dos Guardiões da Galáxia.
E, agora, com o diretor de um dos seus maiores sucessos trabalhando para sua concorrente, a Marvel se viu obrigada a recontratar Gunn e, apenas um dia após o cineasta assinar com a DC, a Disney foi atrás de James.
“Realmente recebi a ligação de Alan Horn [presidente do Walt Disney Studios], muito antes do anunciado: aconteceu literalmente no dia seguinte que eu concordei em fazer o Esquadrão Suicida.“
Agora, após ter finalizado sua direção na DC, Gunn está de volta à Marvel e deve lançar o último filme dos Guardiões da Galáxia Vol. 3, em 2023.
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Baiano, mas nascido em São Paulo, sou fascinado pelo cinema e a cultura pop e hoje me dedico à redação do ePipoca.
