Dexter: New Blood apresenta o personagem título em uma nova fase em que tenta reprimir seus desejos sombrios, mas nem sempre consegue, apesar da série ser uma continuação, ela teve liberdade para reformular algumas coisas, mas acabou cometendo um erro e ninguém percebeu.
Acontece que o Açougueiro de Bay Harbor, como Dexter ficou conhecido por seus crimes na série original, tinha um modo operantis bastante específico ao atuar em Miami, ele drogava suas vítimas com M99, mais conhecida como Entorfina, antes de esfaqueá-las no coração e esquartejá-las.
Em New Blood o assassino parece ter tido seu modo operantis reformulado, principalmente ao fazer uma escolha diferente para a droga utilizada para dopar suas vítimas, deixando a Entorfina no passado e passando a utilizar Ketamina em Iron Lake.
SPOILER DO 8º EPISÓDIO APARTIR DAQUI
Acontece que essa mudança acabou levando a série atual a cometer um erro aparentemente não percebido pelo público, mostrado no oitavo episódio, quando Angela faz pesquisas online sobre um assassino que use ketamina em seus assassinatos, por desconfiar de Dexter.
O resultado das pesquisas dela apontam casos de assassinato em Miami de uma década atrás, nos quais o assassino dopava suas vítimas com ketamina antes de matá-las e esquartejar seus corpos.
Apesar de ser um pequeno detalhe, a série errou ao apresentar esses resultados para a busca de Angela, já que quando Dexter vivia em Miami ele utilizava Entorfina e não Ketamina, e sequer as drogas podem ser consideradas como similares, já que uma é de uso humano e a outra veterinário.
A droga utilizada na série original é bem ressaltada logo na 1ª temporada, quando Dexter revela que conseguia M99 com a Administração de Fiscalização de Drogas usando um falso pseudônimo de um médico.
Já em New Blood faz sentido que ele tenha que ter mudado a droga que utiliza em suas vítimas, devido ele não ter mais acesso ao órgão governamental, o que o fez se voltar para a ketamina, que ele consegue com um veterinário alegando precisar para sua cabra.
O que não faz nenhum sentido é repentinamente o que ele utilizava no passado ter mudado, o que é impossível, a não ser que a produção do programa alegue que as informações on line se devem a um erro de laudos médicos ou dos próprios policiais que registraram os assassinatos.
Como, pelo menos até agora, não se tem nenhuma explicação plausível para os resultados da pesquisa de Angela apontarem a ketamina como droga utilizada nos assassinatos em Miami, só se pode concluir que foi realmente um erro.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
