Idris Elba sentiu necessidade de complementar seu comentário recente depois da controvérsia que gerou ao dizer que não quer sua fama apenas como um ator preto.
O ator disse em entrevista recente que não queria mais que a cor da sua pele o definisse, e a reação do público não foi cem por cento positiva. “Essa obsessão [com raça] pode prejudicar de verdade os sonhos das pessoas e o seu crescimento”, afirmou ele anteriormente.
Depois de receber algumas críticas online que afirmavam que ele estaria ‘renegando’ sua negritude, Idris resolveu colocar o assunto em pratos limpos através de seu postagem em seu perfil oficial no Twitter:
“Não existe alma nesse mundo que possa questionar o fato de eu me considerar um HOMEM PRETO ou não. Ser um ‘ator’ é uma profissão, como é ser um ‘arquiteto’, e eles não são definidos por sua raça. No entanto, se VOCÊ define seu trabalho com sua raça, isso é escolha sua. É mentira?”
There isn't a soul on this earth that can question whether I consider myself a BLACK MAN or not. Being an 'actor' is a profession, like being an 'architect' ,they are not defined by race. However, If YOU define your work by your race, that is your Perogative. Ah lie?
— Idris Elba (@idriselba) February 11, 2023
Idris Elba polemizou ao dizer que sua cor não o define como ator
A conversa surgiu durante uma entrevista recente de Idris enquanto ele divulgava seu novo filme de Luther, que estreia no final desse mês. Na conversa, ele afirmou que não gosta de ser sempre definido como um artista preto:
“Conforme você vai se tornando mais bem-sucedido, as pessoas começam a te perguntar como é ser a primeira pessoa preta fazer isso ou aquilo. Bem, é a mesma coisa que seria se eu fosse branco, é a primeira vez pra mim. Eu não quero ser o primeiro preto. Eu quero ser o primeiro Idris.”
De acordo com o ator, por mais que o racismo seja real e a cor das pessoas importe no mundo real, ele não quer se permitir que o coloquem em uma caixa que restrinja suas capacidades como ator. Não só isso, mas ele confessou não querer carregar a responsabilidade de representar todas as pessoas negras em suas costas:
“Eu parei de me descrever como um ator preto quando me dei conta de que isso me colocava dentro de uma caixinha. O racismo certamente deve ser um tópico para discussão, o racismo é uma coisa bem real. No entanto da minha perspectiva, ele só tem o poder que você permitir.”
“Eu não me tornei um ator porque eu queria ver pessoas pretas nessa carreira, ou queria mudar as coisas como elas eram. Eu fiz porque eu achei que era uma profissão ótima e porque eu achava que eu faria um bom trabalho nela”, concluiu ele.
Luther: The Fallen Sun estreia nos EUA e Reino Unido no dia 24 de fevereiro na Netflix, ainda sem previsão de lançamento para o Brasil
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
