CRÍTICA: Sem medo errar, Mulher-Hulk promete revolução na Marvel

Mulher-Hulk: Defensora de Heróis gerou polêmica por causa dos efeitos, mas mostra que Marvel está pronta para ser menos dependente do recurso

Estreando na última quinta-feira (18), Mulher-Hulk: Defensora de Heróis não é simplesmente mais uma produção da Marvel, pelo contrário, a série tem uma grande responsabilidade em suas mãos.

De um lado, o fiasco do CGI em seu primeiro trailer jogou luz sobre uma crise nos bastidores do estúdio, exigindo uma série com visuais caprichados, para reconquistar um terreno que já vinha se perdendo.

Mulher-Hulk (Tatiana Maslany) em Mulher-Hulk (Reprodução / Disney+)

Do outro lado, Mulher-Hulk ainda precisava apresentar uma nova heroína, que chega ao MCU com uma premissa cômica e, por isso, também precisava agradar com o seu roteiro, estilo e linguagem.

E, acredite, o primeiro episódio de Mulher-Hulk entrega o melhor da Marvel em todos esses aspectos, deixando um gostinho de “quero mais”, o que não aconteceu nas séries anteriores.

A julgar pelo seu primeiro episódio, a série promete ser uma grande contadora de histórias com um roteiro tranquilo, cômico e inovador no centro de Mulher-Hulk.

Suave na nave!

Intitulado de Uma Quantidade Normal de Raiva, o primeiro episódio apresenta Jennifer Walters (Tatiana Maslany). Através de um grande discurso sobre a “responsabilidade do podere sua obrigação com ele, a série ainda deixa claro que abordará esses assuntos durante os episódios.

Jennifer Walters (Tatiana Maslany) em cena de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis
Jennifer Walters (Tatiana Maslany) em cena de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (Reprodução / Disney+)

Ainda nas primeiras sequencias a protagonista quebra a quarta parede, conversando diretamente com a audiência, reforçando que a trama é uma “série legal de advogados” e induz um flashback para contar como se tornou uma Hulk.

Uma advogada na casa dos 30 anos, solteira e que acaba de conquistar uma grande promoção no seu escritório, Walters de repente sofre um acidente e se torna uma heroína.

Hulk (Mark Ruffalo) e Mulher-Hulk (Tatiana Maslany) em Mulher-Hulk
Hulk (Mark Ruffalo) e Mulher-Hulk (Tatiana Maslany) em Mulher-Hulk (Reprodução / Disney+)

Porém, toda essa mudança é introduzida de forma lenta, e o episódio faz um bom trabalho em não deixar uma sensação de corrida, ou pressa para contar a sua história.

A história inicial ainda leva o MCU para perto da realidade, quando Walters percebe que é uma Hulk, mas se recusa a mudar de vida, voltando para os tribunais. A essência de comédia pode ser vista nas piadas, nos desafios e até a mesmo em momentos de conflitos entre os personagens.

E o CGI, melhorou?

Tatiana Maslany como Jennifer Walters em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (Reprodução/Twitter)

Sim! Seja pela pressão do público, ou pelos cortes na quantidade de cenas com CGI, o aspecto visual de todo o episódio é bem caprichado e, para quem está envolvido na história, os efeitos especiais da Mulher-Hulk não deixam a desejar.

Um aspecto interessante, e que deixa a heroína ainda mais chamativa, é o timing em que os efeitos especiais são utilizados. Diferente do Hulk de Bruce Banner, Jennifer Walters não tem um alter ego e a personagem perde o seu CGI em determinados momentos.

Com um corte na quantidade de cenas com CGI e prometendo se passar dentro de tribunais, Mulher-Hulk em certa forma transmite uma sensação de que a Marvel ainda sabe fazer produções menos dependentes de computação gráfica.

Os novos episódios de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis são liberados no Disney+ toda quinta-feira.

E nosso veredicto de Balde de Pipoca foi:

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