Critica: Simples e fácil de se entender, Entre Mulheres é retrato perfeito do patriarquismo

Indicado ao Oscar, o longa é uma viagem íntima que nos leva a pela da violência feminina

Por mais aterrorizador que possa parecer, Entre Mulheres retrata uma história real. O filme leva para os cinemas, numa forma bem palpável, a luta das mulheres por justiça e igualdade em uma sociedade patriarcal.

Embora se passe em 2009, a história de Entre Mulheres é ambientada num pequeno vilarejo que parou no tempo. Chamado de colônia, a pequena está isolado das grandes cidades, no interior do Estados Unidos, e seus habitantes vivem num estilo de vida dos anos 1920.

Rooney Mara como Ona em Entre Mulheres
Rooney Mara como Ona em Entre Mulheres (Divulgação / Universal Pictures)

A colônia conserva toda realidade do começo do século XX: sem carros, sem energia, sem internet, sem comunicação com o restante do mundo. Porém, a comunidade também conserva a cultura do patriarquismo em sua forma mais brutal, na qual até “os animais são melhores tratados que as mulheres.”

É nesse contexto que as mulheres da comunidade descobrem que foram abusadas sexualmente durante toda a sua vida. Numa comunidade parada no tempo, o crime sexual era “uma obra do demônio, ou fruto da mente fértil feminina.”

Frances McDormand como Scarface em Entre Mulheres
Frances McDormand como Scarface em Entre Mulheres (Divulgação / Universal Pictures)

Agora, o grupo de mulheres tem poucas horas para decidir o seu futuro e num gigante ato de simbolismo do filme, decidem se unir contra os abusos cometidos por seus maridos, irmãos e filhos.

Um perfeito retrato sobre o patriarquismo

Elenco em cena de Entre Mulheres
Elenco em cena de Entre Mulheres (Divulgação / Universal Pictures)

Entre Mulheres é um filme importante que traz à tona questões críticas que muitas mulheres ainda enfrentam em todo o mundo. Ele aumenta a conscientização sobre a violência sexual e a opressão patriarcal, enquanto incentiva a conversa sobre mudanças necessárias para garantir que as mulheres tenham justiça e igualdade.

É um testemunho do poder da voz das mulheres e da força da solidariedade feminina em enfrentar as injustiças e mudar o mundo para melhor.

Jessie Buckley como Mariche e Judith Ivey como Agata em Entre Mulheres
Jessie Buckley como Mariche e Judith Ivey como Agata em Entre Mulheres (Divulgação / Universal Pictures)

A direção habilidosa de Sarah Polley, combinada com as impressionantes atuações do elenco liderado por Rooney Mara, Claire Foy e Jessie Buckley, cria uma atmosfera emocionalmente intensa que capta as dificuldades enfrentadas pelas personagens.

Embora o filme tenha sido elogiado por muitos, o ritmo pode ser um pouco lento e que o enredo pode é previsível. Entretanto, o filme serve ao propósito de explorar a luta contra o machismo e, num segundo plano, é uma verdadeira aula de história.

Em resumo, Entre Mulheres é um filme emocionante e importante que deve ser visto por todos que desejam entender melhor as questões de gênero e as dificuldades que as mulheres ainda enfrentam na busca por igualdade e justiça.

Indicado ao Oscar, Entre Mulheres já está disponível nos cinemas de todo o Brasil.

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