A minissérie Corpos, que adapta o quadrinho homônimo de 2014, tem conquistado o público da Netflix com seu enredo intrigante e misterioso.
A trama acompanha quatro detetives da polícia de Londres em diferentes períodos de tempo, todos envolvidos na investigação do mesmo corpo morto encontrado no mesmo lugar.
Com pistas que os levam a uma conspiração que abrange séculos, a adaptação para a TV cativa os espectadores com reviravoltas constantes e personagens cativantes.
O elenco inclui Jacob Fortune-Lloyd como Charlie Whiteman, Shira Haas como Iris Maplewood, Amaka Okafor como Shahara Hasan e Kyle Soller como Alfred Hillinghead.
A trama envolvente que atravessa diferentes épocas
A série Corpos se inicia no presente, acompanhando a Detetive Shahara Hasan, que durante uma perseguição policial, descobre um corpo nu no chão.
A partir desse ponto, a narrativa salta para o passado, especificamente para os anos 1941 e 1890, nos quais detetives diferentes também se deparam com o mesmo corpo.
Por fim, o público vai para o futuro, em 2053, onde a detetive Maplewood é a última a descobrir o corpo em um mundo governado pelos opressores conhecidos como o Executivo.
Personagens complexos e obstáculos institucionais
Ao longo da trama, os quatro detetives enfrentam a oposição institucional de suas respectivas épocas ao investigar o corpo não identificado.
Embora o criador da série, Paul Tomalin, tenha priorizado as reviravoltas e a trama em si, cada um dos oito episódios de uma hora permitiu o desenvolvimento dos personagens. Cada protagonista possui uma vida pessoal complexa, com Shahara Hasan se destacando como uma mãe solteira muçulmana e filha de imigrantes.
Os outros detetives também trazem características únicas, como Hillinghead, um homem gay em uma época em que a homossexualidade é rejeitada.
Por sua vez, Whiteman, um judeu que precisa esconder sua religião. Enquanto Maplewood, que tem uma deficiência não especificada, tratada com um implante espinhal de alta tecnologia fornecido pelo governo.
A presença misteriosa de Elias Mannix

Um elemento intrigante da série é a presença de Elias Mannix, líder do Executivo, que aparece de diferentes formas ao longo das diferentes épocas apresentadas.
Sua influência e conexão com a conspiração que envolve o corpo morto são exploradas gradualmente, acrescentando mais suspense e mistério à trama.
Ambiente visualmente genérico, mas envolvente
Embora a adaptação para a TV de Corpos não tenha conseguido replicar os estilos de arte distintos da graphic novel para cada período de tempo, optando por uma estética genérica para todos, a série ainda mantém o interesse dos espectadores. As constantes reviravoltas e cliffhangers contribuem para a imersão na narrativa e compensam essa falha estilística.
Corpos é uma prova de que a união entre quadrinhos e televisão pode resultar em um entretenimento de qualidade e com potencial para agradar diferentes públicos.
Assista o trailer:
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.