Completando 30 anos, o que ainda há de tão especial em A Bela e a Fera?

A animação original A Bela e a Fera, dirigida por Gary Trousdale e Kirk Wise, está completando 30 anos neste mês de novembro e ela é um marco porque mudou o cenário das animações americanas para sempre, mantendo-se influente até hoje.

Além do sucesso de bilheteria, a produção foi indicada para Melhor Filme no Oscar e ainda foi um grande sucesso de público e de crítica.

Além disso, todos os parques temáticos da Disney estão cheios de materiais baseados na história, e o remake em live-action, estrelado por Emma Watson, se tornou a segunda maior bilheteria em 2017.

Cena de A Bela e A Fera (Reprodução Disney)
Cena de A Bela e A Fera: (Reprodução/ Disney)

Mas o que há de tão significativo no filme?

Depois de notar como o longa foi lucrativo, a Disney decidiu ajustar seus novos projetos nos moldes dramáticos e mais sombrios dessa produção.

Títulos como Pocahontas e O Corcunda de Notre Dame não tiveram mais tanto medo de utilizar determinados detalhes mais sombrios ou romances mais arrebatadores e ousaram mais nesses aspectos.

Além disso, a Disney estava de olho no Oscar, mas como A Bela e a Fera perdeu para O Silêncio dos Inocentes, seus empreendimentos futuros em assuntos românticos sérios foram vistos como candidatos em potencial para garantir a glória que o filme não conseguiu conquistar.

O próprio Jeffrey Katzenberg, que era presidente da The Walt Disney Studios na época, chegou a afirmar que Pocahontas era um candidato infalível para conquistar o prêmio de Melhor Filme.

Gaston e Bela em A Bela e a Fera (Reprodução)

A Abordagem dos Vilões

A versão Bruxa da Rainha Má em Branca de Neve e os Sete Anões, a Ursula em A Pequena Sereia, Madame Mim em A Espada era a Lei eram vilãs que traziam um design que evitavam os padrões de beleza com a ideia de indicar que esses personagens eram do mal.

Isso acabou gerando a ideia infeliz de que a deficiência física, a gordura e outros atributos, considerados não desejáveis, se tornassem sinônimo de maldade.

de Ursula), levou a uma conotação infeliz com deficiência física, gordura e outros detalhes como sendo sinônimos de maldade.

A Bela e a Fera ‘corrigiu’ esse problema com Gaston, um vilão que, intencionalmente, era belo.

Coberto de músculos e carregando um rosto perfeitamente organizado, Gaston era alguém cuja aparência fazia as pessoas se apaixonarem, não correrem de terror.

O retrato desse vilão foi exatamente a maneira que a Disney tinha de reforçar a mensagem central do filme de que são as qualidades interiores de uma pessoa que indicam sua verdadeira beleza.

Anos mais tarde, esse se tornou um padrão nos retratos dos vilões, como o atraente Clayton em Tarzan, por exemplo.

No fim, essas são apenas algumas das razões pelas quais o filme se tornou um modelo para o cenário de animações da Disney a partir de então.

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