A cada nova produção do Universo Cinematográfico Marvel que é lançado, os fãs não só assistem animadamente, mas também analisam cada detalhe, por menor que possa parecer, atrás dos famosos easter eggs, que possam dar dicas de novos filmes, ou novos personagens, ou, somente alguma informação escondida.
Assim como outras produções da MCU, WandaVision terminou deixando muitas teorias para trás, e uma delas é referente aos misteriosos anúncios de sitcom, breves clips que apareciam a cada episódio.
Cada um era referente a uma época, mostrava os mesmos dois atores passando pelos anos e apresentava diferentes produtos úteis para qualquer casa, como torradeiras, relógios, toalhas de papel e, até antidepressivos.
Os fãs exploraram cada detalhe dos estranhos comerciais, tentando entender o que eles realmente significavam e porque existiam, já que cada um deles parecia sinistramente ligado a Wanda.
Seriam eles algum tipo de sonho de Wanda, que assumiam o formato de estranhos comerciais para conseguirem se encaixar nessa vida que ela tinha decidido ter em Westview?
Numa entrevista que Jac Schaeffer, showrunner de WandaVision, deu a Liz Shannon Miller do site Collider, ele afirmou que sua ideia com os comerciais era que eles resolvessem alguns buracos da história dos personagens.
Ele contou que houve uma conversa na produção sobre a possibilidade de remover os comerciais, mas ele se opôs firmemente, alegando que eles salvariam a série.
O programa foi concluído e os tão defendidos comerciais acabaram não fazendo diferença nenhuma para o enredo, mas acabaram inserindo uma dinâmica diferente, que ajudou a entender melhor a personagem principal.
Ao final da série Schaeffer voltou a se pronunciar sobre os sinistros comerciais.
“Em última análise, não precisávamos disso e realmente acabou ficando muito ligado ao seu subconsciente de uma forma aberta. Mas estava igualmente ligado ao seu subconsciente e ao MCU que, para mim, parece muito certo na forma como funciona e existe dentro da narrativa”, ele salientou.
Ao analisar a fala do showrunner, a teoria sobre os comerciais poderem ser sonhos de Wanda acabam ganhando força, já que ele meio que os credita a ela, alegando que eles completam a experiência da personagem.
Mas, indo além, se analisar a narrativa, os comerciais não se encaixam, não tem necessidade, sequer tem lógica como mídia promocional, já que ninguém em Westview está assistindo.
Os únicos que dá atenção aos anúncios são Darcy Lewis, o agente Jimmy Woo e os agentes SWORD que tentam descobrir onde Wanda está.
Apesar de tudo em Westview ser perfeito, como Wanda desejava, os comerciais fugiam totalmente desse mundo de perfeição, com seus personagens sinistros e deprimentes.
O mais estranho é que nos raros momentos que Wanda assiste a televisão, ela não esboça reação nenhuma, apesar dos comerciais terem uma ligação tão pessoal com ela, como se não os visse.
Pensando na falta de reação de todos os personagens aos comerciais, dá a entender que eles só são vistos pelos espectadores da série.
Lembrando que em Vingadores: Era de Ultron, os poderes de Wanda manifestaram os sonhos e pesadelos de seus colegas de equipe, não seria de estranhar que o subconsciente dela criasse os comerciais.
Além disso, essa teoria novamente é reforçada por uma fala do final do programa, quando o feitiço de Wanda sobre os residentes de Westview finalmente termina e Norm a confronta dizendo: “Quando você nos deixa dormir, temos seus pesadelos”.
Também pode-se ligar os anúncios ao humor de Wanda, quando mais ela fica nervosa, mais sinistros ficam os comerciais. O fato dos anúncios poderem ser ligados facilmente a vida pessoal de Wanda, podem muito bem ser considerados uma prova da autenticidade dessa teoria.
Uma vez comprovada a teoria que os comerciais são os sonhos e pesadelos de Wanda, surge outra dúvida, por que eles foram inseridos na série? A Marvel teria intenção de deixar os fãs pensando na possibilidade de a bruxa Escarlate acabar se tornando uma vilã perigosa?
Com o fim da série, a única coisa a fazer é aguardar que Wanda retorne aos filmes do MCU e ver como tudo se desenrolará.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
