Chefão diz que Netflix já deveria estar cobrando por compartilhamento de senha: “As pessoas não vão gostar”

Assinantes terão 'escolhas', afirmou

Ted Sarandos, chefão da Netflix, avisou que a assinatura com comerciais é só o começo, e que eles não esqueceram das cobranças por compartilhamento de senhas.

A plataforma tem passado por um processo de mudanças que recentemente incluiu o chamado Plano Básico com Anúncios, que no Brasil custa R$ 18,90 e tem, além dos comerciais, outras restrições.

Em uma conferência recente de mídia e tecnologia (via Deadline), Ted disse que, embora muitas pessoas critiquem a nova modalidade, um plano com propagandas permite ‘democratizar’ o serviço e alcançar um público maior, que não se importa com os comerciais:

“Nós sempre falamos sobre nossa companhia ser uma empresa de escolhas. Existem pessoas, meu filho inclusive, que não se importam em assistir comerciais para pagar um preço menor.”

Netflix fachada (Reprodução)
Netflix fachada (Divulgação/ Netflix)

O plano básico é só o primeiro, explicou ele. De acordo com o executivo, a ideia é criar vários planos diferentes com funcionalidades a mais ou a menos que irão permitir uma variedade ainda maior de valores de assinatura:

“Propagandas para a gente vai ser um processo de ‘engatinhar, caminhar, correr’. A gente só ativou isso agora, mas com o sucesso disso, haverá múltiplos níveis de assinaturas com comerciais em diversas faixas de preço.”

Consumidores não vão gostar de pagar para compartilhar senhas

Sobre o compartilhamento de senhas, Ted ressaltou que a cobrança extra ainda está em pauta e que a empresa de streaming passou “tempo demais ignorando” a prática.

“Vai ser parecido com quando você aumenta os preços da mensalidade. Os consumidores não vão gostar logo de cara, mas nós precisamos mostrar para eles que existe um motivo pelo qual eles deveriam enxergar o valor nessa escolha”, concluiu..

Esportes “não valem a pena”, afirma executivo

Rumores apontavam há algum tempo que a plataforma do N vermelhinho poderia estar considerando adicionar esportes ao seu catálogo em algum formato, para expandir ainda mais seu horizonte de possíveis clientes.

Netflix (Reprodução)
Netflix (Reprodução)

Ted negou a fofoca, esclarecendo que, por mais atraente que seja poder competir com outra fatia do mercado, os direitos para adquirir competições exclusivamente não valeria o investimento do serviço:

“Não vimos um caminho muito rentável com as grandes ligas de esportes. Não estamos dizendo que nunca iremos mudar de ideia, mas os direitos caros não valem a pena no momento. Nós não somos anti-esportes, somos só pró-lucro.”

“Precisamos descobrir como fazer isso funcionar”, afirmou o executivo. “Mesmo assim, tenho confiança de que conseguiremos dobrar de tamanho mesmo sem esportes”.

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