CEO da Disney quer mudanças em contratos de atores após processo

Apenas algumas semanas após receber um processo da atriz Scarlett Johansson, por causa do lançamento de Viúva Negra no Disney+, o CEO da Disney, Bob Chapek, está planejando uma mudança no contrato de seus atores para evitar novos problemas com a justiça.

Durante uma reunião com investidores na última terça-feira (21), o executivo afirmou que os estúdios da Disney irão estar mais atentos para as estratégias usadas no lançamento de filmes durante a pandemia.

De acordo com o site americano The Hollywood Reporter, o executivo se esforçou para não tocar no nome de Johansson durante a sua apresentação.

Porém, Chapek chegou a comentar sobre alguns acordos feitos há mais três anos, com filmes que só foram lançados durante a pandemia, citando Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, como um exemplo.

Pontuando que os contratos de algumas produções foram fechados há algum tempo e que seu lançamento ocorrerá num cenário muito diferente, o executivo afirmou que deseja atualizar alguns contratos.

“Há uma pequena reinicialização que está acontecendo agora. E, no final, vamos pensar sobre isso ao fazermos negócios com talentos no futuro. Mas, agora, temos uma espécie de posição intermediária em que estamos tentando ser justos com os talentos. Acho que os talentos estão tentando ser justos conosco, e estamos procurando uma maneira de ‘preencher a lacuna’”, afirmou o CEO da Disney

Entenda o processo de Scarlett Johansson

Scarlett Johansson (Reprodução)

A notícia de que a estrela de Viúva Negra estava processo a Disney caiu uma bomba no colo de seus fãs, que não esperavam um desentendimento entre a atriz e os estúdios da Disney.

Segundo Johansson, o lançamento simultâneo do filme, nos cinemas e no Disney+, representa uma quebra em seu contrato. Isso porque a Disney teria garantido para Johansson, que o estreia e exibição de Johansson seriam exclusivos nos cinemas.

E pior ainda, o processo criado por Johansson revela uma possível perda financeira para atriz, que receberia um bônus da Disney. Todavia, essa bonificação seria calculada, possivelmente, após o filme sair de cartaz, levando conta o sucesso da produção nas bilheterias.

“A Disney intencionalmente induziu a quebra do acordo da Marvel, sem justificativa, para impedir que a Sra. Johansson pudesse ter o benefício completo da sua barganha com a Marvel”, diz o processo levantado pela estrela americana.

Contudo, com a produção disponível no Premier Access do Disney+, o número ingressos vendidos seria menor, à medida que muitos fãs deixaram de ir aos cinemas e assistiram ao filme de suas casas.

Diante dessas constatações, Johansson entrou na justiça americana e pede que a Disney lhe pague cerca de US$ 100 milhões em compensações financeiras.

Na época, a Disney, por sua vez, apenas se limitou a afirmar que seguiu todas as suas obrigações contratuais, apontando que o filme chegou a cerca de 9 mil salas de cinema nos Estados Unidos.

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