Casa Gucci | Diretor se revolta e rebate crítica da família Gucci: “Dá licença”

Após Casa Gucci ter sido duramente criticado em uma carta aberta da família titular do filme, o diretor Ridley Scott resolveu dar uma resposta à altura.

No documento enviado à imprensa pelos representantes dos Gucci, o filme foi chamado de “insulto ao legado sobre o qual a marca é construída hoje”.

Scott, por sua vez, se indignou com as duras críticas dos fundadores da grife famosa. Em entrevista ao Total Film, ele deu a seguinte declaração:

“Mas as pessoas da família que estavam escrevendo para nós num ataque foram alarmantemente insultantes, dizendo que Al Pacino não representava Aldo Gucci fisicamente de forma alguma. E, no entanto, francamente – como eles poderiam ser melhor representados do que com Al Pacino? Dá licença! Vocês provavelmente têm os melhores atores do mundo, você devem ser sortudos para c******”.

O diretor também explicou que algumas alterações na história foram feitas devido ao tempo de duração do longa. Ele garantiu que o drama envolvendo os Gucci foi produzido sendo “o mais respeitoso e verdadeiro possível”.

Uma das críticas da família ao filme também foi a representação de Paolo Gucci. Segundo eles, a caracterização de Jared Leto para o papel não foi bem elaborada, ao que Scott respondeu:

Jared Leto é Paolo Gucci em Casa Gucci (Reprodução)
Jared Leto é Paolo Gucci em Casa Gucci (Reprodução)

“Encontramos as imagens e Jared fez o que fez e se vestiu da maneira como Paolo se vestia. Não há muitos vídeos do Paolo falando. Isso tinha que ser, até certo ponto, imaginado; mas, claramente, o Paolo era um homem muito colorido e extravagante. Ele era casado com uma mulher que é uma cantora de ópera muito boa. A senhora que interpreta a esposa de Paolo neste filme tem uma voz realmente ótima; é o canto dela. A extravagância de Paolo foi bem capturada.”

Mas parece que o esforço da produção não foi o suficiente para a família famosa. Uma das críticas mais duras dos Gucci é a forma como Patrizia Reggiani foi retratada por Lady Gaga, confira:

“Mais questionável ainda é a reconstrução que se torna mistificadora quase ao ponto do paradoxo ao chegar a sugerir um tom indulgente a uma mulher que, definitivamente condenada por ter sido a instigadora do assassinato de Maurizio Gucci, não é pintada apenas no cinema, mas também nas falas dos elenco, como uma vítima que tentava sobreviver numa cultura corporativa masculina e machista”, declararam, antes de destacarem: “Gucci é uma família que vive honrando o trabalho de seus ancestrais, cuja memória não merece ser perturbada para encenar um filme que não é verdadeiro e que não faz justiça aos seus protagonistas. Os membros da família Gucci se reservam todo o direito de proteger o nome, a imagem e a dignidade de seus entes queridos”.

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