Brigitte Bardot é multada por “incitação ao ódio racial” pela sexta vez

A atriz francesa Brigitte Bardot está sendo processada por racismo pela sexta vez. Agora ela foi indiciada por incitação ao ódio racial e recebeu uma multa de em € 20.000, aproximadamente R$ 128.066.

Bardot, que tem uma vinculação com movimentos nacionalistas franceses, está sendo processada por chamar povos originários das ilhas do Oceano Índico de “selvagens”. A referência aos grupos étnicos das Ilhas ocorreu em uma carta publicada pela atriz em 2019.

Neste documento ela diz que estes povos são “nativos que ainda possuem genes selvagens” em resposta à forma como tratam os animais.

De acordo com o Telegraph, ela falou especificamente sobre a população de Tamil Nadu, criticando-os por “sacrificar cabras” e usar o “canibalismo dos séculos passados”, que é como ela se refere ao consumo de carne.

A atriz recebeu a multa na quinta-feira (04), ela foi multada por abuso racial, de acordo com uma reportagem da publicação Le Figaro. Além disso, seu assessor Bruno Jacquelin, também foi autuado por enviar a carta a veículos de comunicação.

Outros Casos

Brigitte Bardot para o Parti Animaliste (Reprodução)

Em 2008 Bardot foi julgada por injúrias raciais contra comunidades muçulmanas. Nessa época ela acumulava outros casos de “incitação ao ódio racial”.

Em resposta às suas declarações, a ex-Ministra dos Territórios Ultramarinos Annick Girardin escreveu uma carta à atriz afirmando: “O racismo não é uma opinião, é um crime”, segundo o Le Figaro.

Na mesma carta em que se refere aos povos do Oceano Índico como selvagens, ela faz uso de um termo nazista. Na ocasião, Bardot se referiu a um chefe de um grupo de caça francês como subumano.

Bardot, que agora tem 86 anos, causou indignação ao se referir ao senhor Willy Schraen, como um “exemplo claro” do tipo de “terroristas” e “subumanos covardes” que matam animais como prática esportiva.

A palavra ‘subumano’ – untermensch em alemão – era muito usada pelos nazistas a fim de descrever inimigos que eles consideravam racialmente inferiores. A ideologia nazista implicava que estes grupos “inferiores” deveriam ser eliminados.

Para o advogado Denis Delcourt-Poudenx, representante da Federação de Caça da França, os comentários de Bardot foram violentos.

Conexões Políticas

Brigitte Bardot é amiga próxima de Jean-Marie Le Pen, fundador do partido francês de extrema direita Frente Nacional (FN), que já foi condenado por anti-semitismo, racismo e negação do Holocausto.

A atriz já acumula cinco condenações criminais por incitar o ódio a grupos religiosos com suas críticas criticar ao abate halal (corte de carne sagrado para os muçulmanos) e aos judeus por preparar comida kosher.

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