A Disney sempre priorizou conteúdos e experiências focados na família, tanto, que produções da empresa voltada para o público adulta não levam a marca da Disney e sim de outros estúdios que ela comanda.
Com a popularização dos serviços de streaming, a Disney separou seus conteúdos, no qual as produções família ficam no Disney+ e outros conteúdos vão para o Hulu e Star+.
Contudo, parece que isso está para mudar. De acordo com um matéria Wall Street Journal. Bob Chapek pretende aumentar o número de conteúdos tido como “não família” no Disney+. Ele também pretende lançar produções com mais diversidade de personagens. Chapek disse:
“Quero respeitar o que esta marca é. Mas, ao mesmo tempo, sei que podemos ser ainda mais preciosos sobre o que é ‘Disney’ do que a base de consumidores. Se a base de consumidores tiver mais elasticidade, provavelmente deveríamos ouvir nosso público, o que significa que temos mais graus de liberdade do que provavelmente pensávamos”.
O Disney+ recentemente colocou um divisor de conteúdo adulto em seu serviço, para que crianças não vejam produções como Deadpool e Demolidor. Através da 20th Century Studios, a Marvel pode produzir mais conteúdos para maiores baseados em personagens da Marvel.
Mais diversidade
Por muitos anos a Disney investiu em filmes e série protagonizadas principalmente por garotas brancas. Infelizmente, as poucas vezes que colocou protagonistas diferentes do padrão, gerou um certo descontentamento entre os fãs, ou mesmo que se tornassem personagens favoritas, não tinham o mesmo sucesso que outras.
Ainda sim, Bob Chapek parece perceber a importância de se ter personagens diversificados nas produções da Disney+, que vão desde personagens não-brancos até representação LGBTQ+. Ainda para o Wall Street Journal, Chapek comentou sobre o compromisso da Disney com a diversidade:
“Acho que quanto mais complexo é algo, mais você realmente precisa se aprofundar no básico. E queremos que nosso conteúdo reflita o mundo rico e diversificado em que vivemos… o mundo é um lugar rico e diversificado e queremos que nosso conteúdo reflita isso. E somos muito abençoados por ter os maiores criadores de conteúdo e eles vêem da mesma forma”.
A Casa do Mickey Mouse sofreu diversas críticas do público preconceituoso e homofóbico por apresentar demonstrações simples de afeto em desenhos animados, como no caso do filme Lightyear, que apresentou um rápido beijo entre um casal de mulheres.
A Disney teve que defender sua posição de um empresa inclusiva diversas vezes, principalmente quando ela se opôs ao projeto de lei “Don’t Say Gay” do governador da Flórida Ron DeSantis, que impede as escolas de ensinar aos jovens sobre educação sexual e identidade de gênero.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
