Blonde: Chaplin Jr. e Eddy tiveram mesmo um caso com Marilyn Monroe?

Diretor deixou claro que filme da Netflix é ficcional

O filme Blonde, da Netflix, está sendo alvo de diversas críticas, a principal delas sobre a representação de Marilyn Monroe, que parece estar longe da realidade. O longa foi baseado num livro escrito por Joyce Carol Oates, e teve outros personagens baseados em figuras reais, como Cass Chaplin Jr. e Eddy G. Robinson Jr..

Vividos por Xavier Samuel e Evan Williams, os personagens têm uma demorada cena de sexo a três com Marilyn, interpretada por Ana de Armas, e com ela formam uma espécie de relação de poliamor. Eles seriam na verdade, as versões fictícias dos filhos dos atores Charlie Chaplin e Edward G. Robinson, respectivamente.

Em uma matéria para a New Yorker em 2020, a autora do livro declarou: “Outros, incluindo dois filhos gays de astros de Hollywood, Cass Chaplin e Edward G. Robinson Jr., são inventados”.

Ana de Armas como Marilyn Monroe em Blonde (Reprodução / Netflix)
Ana de Armas como Marilyn Monroe em Blonde (Reprodução / Netflix)

Mas de onde surgiu que Marilyn teve um caso com Chaplin Jr.? Não existe qualquer evidência fotográfica dos dois juntos, e a primeira vez que algo dessa natureza surgiu, segundo a revista People, foi no livro Goddess: The Secret Lives of Marilyn Monroe, biografia assinada por Anthony Summers.

A única evidência que os dois se encontraram foi uma foto assinada pelo rapaz para Monroe em que ele escreveu: “Para Marilyn, com as mais sinceras esperanças de que você se torne uma grande atriz. 28 de fevereiro de 1947, Charlie Chaplin, Jr”, e que foi leiloada posteriormente.

Ana de Armas como Marilyn Monroe e cinegrafista Chayse Irvin nas filmagens de Blonde
Ana de Armas como Marilyn Monroe e cinegrafista Chayse Irvin nas filmagens de Blonde (Matt Kennedy/ Netflix)

Mas e quanto a Robinson Jr.? Alguns blogs afirmam que a atriz teve um caso com ele em 1953, mas não há nenhuma prova, e nem sequer menção que ele próprio tenha feito em sua autobiografia chamada My Father, My Son.

Eddy G. Robinson Jr. – filho de Edward G. Robinson, conhecia Monroe, mesmo que apenas de passagem, já que também era ator, teve pequenos papéis em dois dos filmes que ela estrelou, Nunca Fui Santa (1956) e Quanto Mais Quente Melhor (1959).

Em uma entrevista, o roteirista/diretor Andrew Dominik disse: “Blonde é uma obra de ficção. Não é uma obra de biografia. Eu nunca diria que é. Joyce escreveu um livro que essencialmente dramatizava como ela se sentia em relação a Marilyn Monroe”, disparou ele diante das inúmeras críticas que o filme tem recebido.

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