Jonathan Bailey, ator de Bridgerton revelou em entrevista que não vê nenhum problema em atores gays interpretando papéis heterossexuais na TV e no cinema ou vice-versa.
O ator, de 32 anos, que é gay, falou ao Evening Standard, no último dia 11 de março, que não recebeu nenhum tipo de feedback negativo sobre interpretar o visconde Anthony Bridgerton, um personagem heterossexual.
“Tendo em mente que a internet é um lugar onde qualquer pessoa pode dizer qualquer coisa, não houve ninguém que tivesse qualquer animosidade, ou a contestasse, então isso é bom”, disse ele ao canal.
“Sim, estou ansioso para que atores gays representem papéis gays, mas para mim é tão importante que todos em casa possam ver um pouco de si mesmos na tela, para que se sintam ouvidos e vistos, e também que tenham aspirações.”
Bailey defende a ideia de que um bom ator pode desempenhar qualquer papel e contar histórias de pessoas, independente da sua sexualidade na vida real.
“Bons atores podem fazer qualquer coisa, e haverá escritores incríveis que estão dispostos a escrever para todos.”
“Se há pessoas que não têm acesso para criar seus próprios programas de TV ou contar as histórias que desejam contar, então, com certeza, todos têm que abrir espaço para eles. Isso não tem a ver apenas com gênero ou sexualidade. Tem a ver com raça, religião e tudo mais.”
O ator inglês chegou a dizer também que existe uma necessidade de se criarem mais papéis gays para que os atores gays – ou qualquer ator – possam preenchê-los.
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“Trata-se de restabelecer o equilíbrio de acesso às funções”, explicou ele. “Simplesmente não existem muitos papéis gays, então quando atores heterossexuais vão para ocupar esse espaço, está eliminando a chance de outros [atores gays].”
Ele ainda observou também que, embora durante muito tempo no passado os atores tivessem que esconder sua homossexualidade para serem contratados e para que o público acreditasse em seus personagens quando interpretassem heterossexuais, atualmente esse não é mais o caso (ou pelo menos não deveria ser).
“Sabemos que existe uma história de necessidade de ser fechado para ter sucesso e ser famoso, especialmente na atuação. E a ideia de não ser capaz de acreditar em relações heterossexuais e narrativas se você sabe que um dos atores é gay… Todos deveriam ser capazes de representar absolutamente tudo.”
“Mas vamos acabar com todas as teias de aranha, e uma das dificuldades e sombras do passado é que precisamos ser muito mais abertos à ideia de sexos jogando em lados diferentes. Tem havido performances incríveis de pessoas heterossexuais interpretando gays e de gays interpretando heterossexuais.”, finalizou ele.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.
