Assédio em Hollywood continua acontecendo após #MeToo, diz Margot Robbie

Atriz acredita que ainda há muito caminho a percorrer para resolver o problema na indústria

O movimento social #MeToo, que se tornou viral em 2017, após diversas alegações de abuso sexual contra Harvey Weinstein, teve início quando estrelas do porte de Gwyneth Paltrow, Jennifer Lawrence e Uma Thurman decidiram falar abertamente de suas experiências com o ex-produtor de Hollywood.

Weinstein foi condenado a 23 anos de prisão em Nova York em 2020 por acusações de estupro de terceiro grau em 2013 e sexo oral à força em 2006.

Atualmente, ele se encontra envolvido em um julgamento criminal depois de ter sido acusado de estupro e agressão sexual em Los Angeles, podendo pegar até 60 anos de prisão.

Margot Robbie como Barbie (Divulgação / Warner Bros.)
Margot Robbie como Barbie (Divulgação / Warner Bros.)

No entanto, a atriz Margot Robbie, que interpreta Arlequina no DCU e dará vida à boneca Barbie no filme que estreia no próximo ano, revelou que problemas com abusos ainda continuam acontecendo mesmo após o início do movimento que deu mais voz às mulheres da indústria do entretenimento.

Segundo ela, o caminho ainda é longo a percorrer, pois, Hollywood ainda está cheia de ‘predadores sexuais’.

Falando no BAFTA: A Life In Pictures, apoiado pela marca de eletrônicos TCL, em Londres na noite de terça-feira (22), a atriz foi indagada se suas experiências na indústria tiveram alguma mudança depois do movimento #MeToo.

Ela afirmou: “Eu não acho que está resolvido, há um longo caminho a percorrer. Mas definitivamente estamos indo na direção certa.”

Margot ainda comentou que o principal problema com o assédio é porque isso acontece justamente no local de trabalho, em área ‘neutra’, algo que o movimento #MeToo chama de ‘gray area’.

Arlequina (Margot Robbie) em O Esquadrão Suicida (Reprodução / DC)
Arlequina (Margot Robbie) em O Esquadrão Suicida (Reprodução / DC)

A atriz afirmou que não entendia bem isso até começar a trabalhar no filme O Escândalo, que é um drama biográfico de 2019 baseado nas alegações de assédio sexual feitas por funcionárias da Fox News contra o fundador da rede, Roger Ailes.

No filme, ela atuou ao lado de Charlize Theron e Nicole Kidman; elas interpretaram as personagens fictícias Kayla Pospisil, Megyn Kelly e Gretchen Carlson, respectivamente. O roteiro foi escrito com base nos relatos de várias mulheres da vida real.

“É um mergulho profundo no que pode ser o assédio sexual em um local de trabalho. Percebi que eu – como uma pessoa com uma posição estabelecida na indústria, financeiramente estabelecida e autossuficiente – eu não conhecia a definição de assédio sexual, e isso é chocante, é terrível”, afirmou a atriz.

“Horrorizou-me o quão pouco… como esse crime atua em uma área cinzenta. Roger Ailes ou Harvey Weinstein, eles aproveitam a área. A situação não é preta nem branca”, finalizou ela.

O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.

Veja mais ›