Aaron Sorkin, roteirista indicado ao Oscar por Os 7 de Chicago, participou recentemente do podcast Rumble, de Michael Moore, onde revelou a melhor dica que já recebeu do diretor David Fincher, também indicado ao Oscar, por Mank.
O escritor é amigo íntimo do premiado cineasta, já tendo, inclusive, trabalhado com ele na produção de A Rede Social, filme que lhe rendeu um Oscar de melhor roteiro original em 2011.
Sorkin contou que Fincher lhe deu um conselho que o marcou e ele sempre tem em mente em todos seus trabalhos. Durante uma conversa sobre trabalho, o amigo teria lhe dito:
“Assim que o estúdio souber que você quer fazer o filme mais do que eles, eles começam a mandar em você.”
Durante o podcast, Sorkin falou, ainda, sobre o desenvolvimento de West Wing: nos bastidores do Poder, premiado drama político da NBC escrito por ele, que ele admitiu que não imaginava que passaria do piloto.
“Quando eu estava escrevendo o episódio piloto, nunca imaginei que haveria um episódio dois. Não achei que isso pudesse ir ao ar. E eu certamente não pensei que duraria tanto quanto durou e seria tão popular quanto foi e teria o tipo de efeito nas pessoas que teve”, explicou.
Ele contou que não achava que a NBC levaria West Wing adiante, já que nunca houve antes um programa do tipo em Washington, mas quando escreveu o roteiro do piloto lembrou do conselho de Fincher e pensou que não deveria demonstrar a NBC que queria, mais do que o canal, fazer a série dar certo.
“Acho que a NBC, a rede e a Warner Bros, o estúdio, meio que sentiram que eu havia escrito o piloto, gostei do piloto e que estava tudo bem para mim se não houver uma segunda temporada. De uma forma que isso nos salvou. É claro que, assim que entrou no ar, eu estava muito comprometido em fazer um episódio três, quatro, cinco e assim por diante. E eu escrevi e produzi o programa pelos próximos quatro anos”, lembrou.
A dica que Fincher deu ao amigo roteirista surgiu a ele após Alien 3, seu primeiro trabalho como diretor, que foi uma péssima experiência, na qual ele entendeu que jamais deveria deixar o estúdio ter poder sobre ele.
O cineasta chegou a entrar em conflito com a 20th Century Fox pelo controle criativo do filme e acabou sendo forçado a ter seu trabalho frequentemente influenciado por mudanças constantes no roteiro.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
