Transmitida nos anos 2000, Ugly Betty se inspirou em uma novela mexicana para levar a divertida história de Betty Suarez (America Ferrera) às telas, abordando diversos assuntos interessantes de se discutir, como questões LGBTQ e prioridades para a vida.
Apesar de na sua época ter sido considerada evolucionária, nos dias de hoje pode-se apontar facilmente alguns pontos do enredo que não envelheceram bem, veja cinco deles.
1. Estereótipo gay
Ugly Betty era ambientada no universo da moda, que é conhecido por ser um ambiente bastante difícil de se trabalhar devido aos duros padrões estabelecidos, um apontado pela série foi o de que gays faziam mais sucesso e eram mais respeitados no meio.
Os telespectadores provavelmente ficaram chocados quando descobriram que o apresentador do canal de moda, Suziki St. Pierre (Alec Mapa) fingiu ser um gay extravagante, mas na realidade era o hétero pai de família, Byron Wu.
Assim como o estilista revelação Tavares (Mykel Shannon-Jenkins), que ao fazer amizade com Amanda Tanen (Becki Newton) acabou se revelando que era um hétero enrustido para ter chances em sua profissão, estereotipo que nos dias de hoje está bem longe da realidade.
2. Padrão único para modelos
Um enredo que deu algumas reviravoltas foi o das fotos retocadas da atriz Natalie Whitman (Sarah Jones), que estava acima do peso que era considerado aceitável para a moda e por isso foram drasticamente retocadas.
O fato inicialmente foi contestado por Betty, que acabou sendo convencida por Daniel (Eric Mabius) que o padrão de beleza das revistas de moda era único e sinônimo de extrema magreza, porém as fotos reais vazaram e acabaram trazendo uma reviravolta satisfatória ao enredo.
Obviamente não só as revistas de moda, mas todo tipo de revistas que usa modelos continua fazendo alguns retoques, mas nos dias de hoje, felizmente, o padrão único para modelos foi quebrado e é possível vermos nas páginas de uma revista todo tipo de corpos.
3. Características comuns como sinônimo de feiura
A protagonista do programa, Betty Suarez é apontada como feia por ser uma jovem mulher que não segue as tendências da moda, utilizando um estilo muito próprio, além de usar óculos e aparelho nos dentes.
Conforme a série vai se aproximando do fim, o público vê Betty passando por algumas mudanças, como um novo corte de cabelo, um par de óculos mais moderno, roupas mais dentro da moda e enfim a retirada do aparelho, para fazer uma transição de feia para bonita.
Tais características utilizadas como sinônimo de feiura hoje em dia não são vistas dessa maneira, nem aceitas para definir um padrão de feiura.
4. Limite de idade para modelar
Como mais uma de suas artimanhas para alcançar seus objetivos, a certa altura da série Wilhelmina Slater (Vanessa Williams) convence Daniel que um designer o quer como modelo em seu desfile, porém ele começa a constantemente ser lembrado de que já passou da idade para tal função.
Enquanto naquela época o limite de idade para modelar poderia ainda ser uma realidade no universo da moda, esse foi outro estereótipo quebrado com o tempo, possibilitando que atualmente pissa se ver nas revistas de moda e passarelas modelos de idades mais avançadas.
5. Proibição do casamento gay
Quando Wilhelmina resolve se casar com seu amante Connor Owens (Grant Bowler), seu assistente Marc St. James (Michael Urie) torna-se um ministro capaz de oficializar a união rapidamente e faz um comentário sarcástico sobre a facilidade dela de se casar com um presidiário com apenas 20 dólares e cinco minutos na internet, enquanto ele é proibido de fazer o mesmo por ser gay.
Apesar de sarcástico, o comentário de Marc é bem triste, pois na época era uma realidade para toda pessoa LGBTQ, mas hoje em dia ele não faz sentido, já que a realidade sobre o casamento gay é bem diferente na maior parte do mundo.
Ugly Betty está disponível no Disney+.
O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.
Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
