TV japonesa entra em guerra contra Netflix por causa de plano com anúncios

Desacordo pode gerar a retirada de vários animes do serviço de streaming

Neste mês a Netflix lançou seu plano com anúncios. Nele, a mensalidade do serviço sai mais barata em comparação com outros planos, e terá cerca de 5 minutos de propagandas por hora.

Porém, esta modalidade não oferece toda a programação que a Netflix tem a devido a restrições de licenciamento. E a gigante do streaming agora enfrenta um novo problema, que é a remoção de vários animes de seu catálogo devido ao plano com propagandas.

De acordo com o Comic Book, a NHK, a única emissora pública de TV do Japão, divulgou uma declaração de que não está satisfeita em ter anúncios veiculados durantes os animes que negociou para disponibilização na Netflix.

As políticas da NHK são rígidas e não se alinham às políticas de anúncios da Netflix. Com isso, o canal exigiu a suspensão de todos os animes disponíveis em quaisquer planos da Netflix.

A explicação do streaming sobre seu novo plano plano pareceu inadequada para os executivos da emissora japonesa.

Até o momento não foi emitida uma lista com os animes que serão retirados do catálogo da Netflix ou até mesmo a data em que serão retirados. Entre as produções da emissora estão Attack on Titan, To Your Eternity, Kingdom, Tsurune, entre outros.

Não está claro se as licenças desses animes na Netflix são da NHK ou dos respectivos estúdios que os produzem.

Pôster de Attack on Titan
Pôster de Attack on Titan (Divulgação / Funimation)

O que pode ter causado o problema com a emissora?

Pode haver vários motivos para a NHK tomar a decisão de retirar animes da Netflix. Um deles é que a empresa dona do serviço de streaming esteja lucrando com um acordo que não envolvia um lucro extra (além das assinaturas) com a exibição de publicidade.

A Netflix pagou um valor para ter os direitos de exibição de tais animes. Com os anúncios entre eles, ela obterá lucro. Com isso, a retirada dos animes pela NHK pode fazer as duas empresas entrarem em um novo acordo, no qual a emissora japonesa pode ganhar mais dinheiro licenciando os animes para exibição por um valor mais alto.

Empresas públicas podem não visar o lucro, mas elas precisam de dinheiro para continuarem funcionando, o que faz sentido em relação à cobrança de maiores quantias para ‘vender’ seu conteúdo para outras mídias.

Quanto às restrições de programas no plano, a Netflix afirmou em seu site oficial que isso será resolvido no futuro.

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