Tragédia histórica japonesa pode virar filme nas mãos de cineasta famoso

Diretor diz que é necessário relembrar o passado para mudar o futuro

James Cameron disse que quer resgatar uma ideia antiga e produzir um longa baseado em um livro sobre os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki.

Em entrevista ao Los Angeles Times, o cineasta deu uma notícia que pode preocupar um pouco os fãs de Avatar. Segundo James, ele quer tirar um tempo entre Avatar 3 e 4 para produzir a atração, que é um sonho dele de anos.

A ideia seria uma adaptação para as telonas do livro The Last Train from Hiroshima: The Survivors Look Back, escrito por Charles R. Pellegrino. A pesquisa para a obra se baseou em uma entrevista com o falecido Tsutomu Yamaguchi, único sobrevivente das bombas em ambas cidades.

James disse que a ressurgência do nacionalismo e conflitos como a guerra da Ucrânia mostram como o mundo precisa de um lembrete do sofrimento causado pelos conflitos por poder:

“Nós vivemos em um mundo mas precário do que nós pensávamos que vivíamos. Eu acho que um filme sobre Hiroshima seria tão atual quanto sempre, se não for mais do que o normal. Ele lembrará as pessoas do que essas armas podem fazer de verdade quando são usadas contra alvos humanos.”

Cena de documentário sobre as bombas atômicas (Reprodução/CNN)
Cena de documentário sobre as bombas atômicas (Reprodução/CNN)

Assim como Avatar, James acha que o novo projeto precisa ser assistido nas telonas. Recentemente, o cineasta afirmou que está ‘cansado’ dos streamings e que a experiência de assistir algo em casa não se compara com o cinema:

“Eu penso que estamos voltando para os cinemas do mundo todo. Eles vão passar até nos cinemas da China, onde estamos vendo esse enorme ressurgimento da COVID. Estamos dizendo, como sociedade: ‘Precisamos disso! Precisamos dos cinemas!’ Chega de streaming! Estou cansado de ficar sentado em casa.”

James Cameron reduziu uso de armas de fogo em Avatar: “Não quero fetichizar”

James é uma voz ativa contra o uso de armas, e já confessou ser grato ao governo da Nova Zelândia, onde mora, por terem banido o uso de armas pesadas. O diretor contou durante a divulgação de Avatar que cortou muitas cenas de ação do filme porque não queria estimular o ‘fetiche’ por violência:

“Na verdade, cortei cerca de 10 minutos do filme visando a ação com armas de fogo. Eu queria me livrar de um pouco da feiúra, encontrar um equilíbrio entre a luz e a escuridão. Você tem que ter conflito, é claro. Violência e ação são a mesma coisa, dependendo de como você olha para isso. Esse é o dilema de todo cineasta de ação, e sou conhecido como um cineasta de ação.”

Kate Winslet como Ronal e Cliff Curtis como Tonowari em Avatar: O Caminho da Água (Reprodução Empire Magazine)

“Eu olho para trás em alguns filmes que fiz e não sei se gostaria de fazer aquele filme agora”, admitiu o cineasta. “Não sei se gostaria de fetichizar a arma, como fiz em alguns filmes do Exterminador do Futuro há mais de 30 anos, em nosso mundo atual”.

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