Godzilla tem um longa estrada no cinema, começando com seu film solo em 1954 onde surge como resultado dos horrores da guerra e das bombas atômicas.
Desde então, o Rei dos Monstro ganhou diversas versões, seja como vilão, herói ou anti-herói. Se uniu a outro monstros, batalhou contra todo o tipo de criaturas, e viveu aventuras tanto em live-action quanto em animação.
Godzilla Minus One foi o primeiro filme da franquia a ganhar um Oscar. Por sua vez, a versão do Monsterverse tem carregado multidões para o cinema com filmes cheio de ação.
Com cerca de 38 filmes, a franquia tem histórias para todos os gostos. O site internacional IndieWire fez um ranking de cada um dos filmes do Godzilla, avaliando do pior para o melhor.
Os Cinco Piores
Godzilla: O Devorador de Planetas (2018)
A trilogia anime de filmes do Godzilla da Netflix, dirigida por Kobun Shizuno e Hiroyuki Seshita, apresenta uma premissa intrigante. Com um história que acontece no futuro e com os humanos tentando recuperar os planeta Terra. No entanto, na prática, a trilogia é um ponto baixo total da franquia.
A última parte, em particular, é especialmente ruim. Nela, o arqui-inimigo de Godzilla, Ghidorah, enfrenta o monstro em uma batalha épica. No entanto, essa “épica” consiste principalmente em Ghidorah mordendo Godzilla no mesmo local por uma hora e 20 minutos, enquanto personagens de anime discorrem sobre mitologia de ficção científica absurda.
All Monsters Attack (1969)
A trama descarta a continuidade da série até então e apresenta um mundo onde Godzilla é um personagem fictício. A história segue Ichiro, um garoto intimidado e irritante, que sonha em visitar a Ilha dos Monstros e fazer amizade com o filho de Godzilla, Minilla.
Infelizmente, o filme não consegue esconder sua origem: quase todas as imagens de Godzilla e dos outros monstros são recicladas de filmes anteriores. Além disso, a trama do mundo real é desagradável e abaixo do esperado, mesmo para crianças.
Godzilla (1998)
A primeira versão hollywoodiana, dirigido por Roland Emmerich e estrelado por Matthew Broderick, desviou significativamente da fidelidade ao material original. Nessa versão, Godzilla é retratado como o resultado da mutação de um lagarto comum pelo governo francês, e suas características icônicas, como o bafo atômico, foram omitidas.
O filme, essencialmente, parece mais com Jurassic Park do que um autêntico filme de Godzilla. Mesmo avaliando-o por seus próprios méritos, ele é considerado maçante, mal feito e não particularmente memorável, com personagens humanos irritantes.
Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha (2018)
O segundo filme da trilogia de anime marca o declínio da série. Ele segue quase o mesmo enredo exato do primeiro filme, mas deixa Godzilla de lado e alguns conceitos interessantes, como sua versão de Mechagodzilla, para focar em um drama de personagens.
Infelizmente, esse drama não acrescenta muito à trama. A falta de desenvolvimento do enredo torna dolorosamente evidente o quão esticada e prolongada é essa trilogia, deixando os espectadores com pouco além de alguns dos humanos menos simpáticos da história da série.
Godzilla: Planeta dos Monstros (2017)
O primeiro filme de anime da trilogia embora ainda seja considerado ruim, é significativamente superior aos outros filmes da trilogia. Isso se deve principalmente ao fato de que a história ainda não se perdeu em seu próprio lore e ambições filosóficas.
O enredo é relativamente simples: a humanidade enfrenta Godzilla quando ele retorna à Terra. Apesar da animação de qualidade inferior e da subutilização do próprio Godzilla, este filme é o mais competente da trilogia de anime. Em retrospectiva, talvez todos os envolvidos devessem ter encerrado isso mais cedo
Os Cinco Melhores
Godzilla vs. Hedorah (1971)
Um dos filmes mais estranhos no cânone de Godzilla. Nessa história, o kaiju enfrenta um monstro que muda de forma e cresce em uma estranha pilha de lama, alimentada pela poluição das águas do Japão.
Com um estilo único, o filme apresenta algumas das melhores batalhas de monstros gigantes da Era Showa. Hedorah é um oponente único e genuinamente perigoso. Além disso, a mensagem ecológica do filme pode atrair as pessoas atualmente, especialmente considerando a crise de poluição que o Japão enfrentava na época.
Godzilla vs. Destroyah (1995)
Este filme da Era Heisei enfrentou o desafio de encerrar a mitologia complexa desenvolvida ao longo de sete filmes. Ele se conecta fortemente ao filme original de 1954, com a participação comovente de Momoko Kōchi, a heroína do filme original.
A trama envolve Godzilla lutando contra Destroyah, um monstro nascido do Destruidor de Oxigênio que matou seu antecessor. As lutas entre os dois são emocionantes, e Destroyah tem um design elegante e incrível. O desfecho sombrio e belo sugere que a aventura continuará, mesmo que não a vejamos.
Shin Godzilla (2016)
O filme mostra uma visão intrigante sobre o que aconteceria se o Japão moderno fosse confrontado com um monstro como Godzilla. O enredo se insere no mundo político japonês, onde o personagem principal, Rando Yaguchi, enfrenta burocracia, interferência estrangeira e interesses partidários conflitantes para lidar com a ameaça mortal que coloca o país em perigo.
A abordagem cínica e mordaz do filme em relação ao governo ineficaz do Japão torna o lado humano da história tão atraente quanto o próprio Godzilla. Este último é retratado como uma criatura profundamente perturbadora, inspirada no tsunami de 2011 que devastou o Japão. Shin Godzilla é inovador e criativo, explorando as diversas maneiras de retratar o icônico monstro.
Godzilla, Mothra and King Ghidorah: Giant Monsters All-Out Attack (2001)
Neste filme, Godzilla é retratado como o original de 1954, destinado a atacar o Japão moderno após ser possuído pelos espíritos daqueles que pereceram durante a era da Guerra do Pacífico.
A trama distorce a fórmula tradicional de Godzilla, com King Ghidorah e Mothra unindo-se como os espíritos guardiões da Terra para defender a humanidade dessa ameaça. A mensagem anti-guerra confere mais peso à destruição do filme.
Godzilla (1954)
Dirigido por Ishirō Honda este continua sendo o filme definitivo da franquia. Renderizado em preto e branco, ele é dolorosamente triste, abordando as consequências da guerra nuclear e o trauma ainda fresco na consciência japonesa na época de seu lançamento.
Diferentemente das sequências, o foco aqui está nas vítimas humanas das ações de Godzilla. O Rei dos Monstros é retratado como um animal trágico, vítima da guerra nuclear tanto quanto a população que tenta detê-lo.
O elenco humano, especialmente Takashi Shimura como o gentil Dr. Yamane e Akihiko Hirata como o moralmente conflituoso Dr. Serizawa, contribui para a profundidade emocional do filme. Godzilla permanece como um marco, com sua mensagem sombria contra a guerra ecoando ao longo do tempo.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
