Taika Waititi está cansado do discurso sobre diversidade em Hollywood

Taika Waititi quer “descolonizar” a representação racial de forma autêntica.

Taika Waititi está cansado do discurso de diversidade de Hollywood e disse que quer representações raciais da tela de forma autêntica. O diretor ainda falou sobre capacitar os profissionais e não haver um branco dizendo as regras a todo momento.

Em uma entrevista para o The Hollywood Reporter, o diretor de Thor: Amor e Trovão, desabafou sobre como muitas vezes Hollywood tenta ser inclusivo, mas isso se torna algo não autêntico e forçado.

“Pare de nos perguntar o que fazer, como consertar as coisas, certo? Estou tão cansado disso. Estou tão cansado da conversa sobre diversidade, da conversa sobre inclusão, de todas as conversas. Todos nós queremos estar trabalhando e não ter que vir e fazer painéis e discursos no meio do dia”, declarou o diretor.

“O que está acontecendo é que estamos confundindo isso porque temos que incluir uma pessoa de todas as raças, de todas as origens e de cada parte da experiência humana em cada programa ou tudo o que nós fazemos. Isso não é realidade e não é autêntico. Nunca cresci com um grupo de amigos onde houvesse alguém que representasse todos os grupos étnicos do meu grupo de amigos. Eu não sei quem diabos cresceu assim”.

Ele acrescentou: “Esta é a merda que você nos fez fazer. Fazendo-nos chegar e falar sobre o problema e dizer-lhe como resolvê-lo. Você quebrou – você conserta”. O diretor comparou isso a “entrar em sua casa, roubar todas as suas coisas, incendiar sua casa e dizer: ‘OK, precisamos conversar sobre isso’”.

Capacitar os criadores

Taika Waititi ainda falou sobre a necessidade de capacitar criadores não brancos, e que ele não quer ver apenas um personagem simbólico em uma produção, mas um história completa.

“Não quero ver um personagem polinésio simbólico em seu programa. O que eu quero ver é uma história polinésia totalmente controlada pela Polinésia, escrita e dirigida por um polinésio”.

“Quando fazemos nossas coisas, não nos dê um showrunner branco para nos dizer as regras e como fazer as coisas. Vamos descobrir, e vamos desenvolver a estrutura da história à nossa maneira, a partir de nossa própria experiência. Ao descolonizar a tela, o que quero dizer é apenas não torná-la tão branca”, finalizou o diretor.

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