O fenômeno da série sul-coreana, Round 6, bateu recordes no catálogo da Netflix. Mas o que a maioria não sabe, é que quando foi criada em 2009, o diretor Hwang Dong-hyuk pensou no projeto com o formato de um filme.
Na história, pessoas endividadas aceitam o desafio de participar de uma série de jogos, com temática infantil, concorrendo ao prêmio final de 49 bilhões de wons, o que equivale a aproximadamente R$ 221 bilhões de reais.
Apesar de ter sido um fenômeno instantâneo logo que estreou no streaming, a produção não foi tão promissora com quem pretendia investir na história enquanto ideia de um filme.
O roteiro excêntrico e violento, causou estranheza fazendo com que Hwang Dong-hyuk desistisse da ideia por quase dez anos, até a Netflix adquirir os direitos de exclusividade do filme e ter a ideia de dividi-lo em nove episódios, deixando a narrativa com uma performance melhor, capaz de prender a atenção do telespectador.
Sucesso da série em todo o mundo
Graças a estratégia de transformar o filme em série, o diretor Hwang Dong-hyuk conseguiu trabalhar a individualidade de cada personagem e sua história, conseguindo desenvolver melhor a produção e criar uma conexão entre os competidores e o público.
Personagens cativantes, identificação com as histórias e a grande carga emocional por trás delas; são alguns dos motivos que fizeram milhares de pessoas maratonarem o programa.
Apesar de cenas de extrema violência, é possível contar com momentos onde valores como a amizade e a lealdade são mantidos, mesmo em situações de desespero e sobrevivência.
E as críticas (nem sempre veladas) à sociedade, representada através das mulheres e do idoso, mostrando como uma minoria é excluída sempre que há uma oportunidade.
A crítica social estava incluída nos planos de seu criador. Segundo entrevista à revista Variety, Hwang Dong-hyuk afirma que desejava um enredo que pudesse usar do contexto social como uma crítica ao capitalismo:
“Eu queria escrever uma história que fosse uma alegoria, uma fábula sobre a sociedade capitalista, algo que mostrasse uma competição extrema’’.
Segundo Hwang, a escolha das brincadeiras infantis, tinha a intenção de conseguir deixar o público concentrado na história, estando atento aos personagens e ao desenrolar da trama, ao invés de tentar entender as especificações dos jogos.
Segunda temporada de Round 6
‘’Escrever, produzir e dirigir uma série sozinho foi realmente uma tarefa grande. Quando penso em fazer o mesmo para a segunda temporada, pessoalmente fico meio preocupado”, revela.
Round 6 está entre as dez séries mais assistidas no mundo e continua batendo recordes em artigos lançados pela produção, como roupas e máscaras dos personagens. Além de ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.
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Sou a Raio de Luar, mineira, jornalista, especializada em marketing e fotógrafa.
Apaixonada pela escrita, por livros, filmes, séries e por tudo que a arte pode nos proporcionar.
