Piratas do Caribe: Por que O Baú da Morte fez PÉSSIMAS escolhas?

Piratas do Caribe: O Baú da Morte é uma das sequências mais bem avaliadas da franquia, mas, ainda assim, é considerado o filme que mais apresentou falhas que causariam o declínio da série em razão de alguns defeitos técnicos na trama e na execução.

O filme foi acusado de não conseguir escolher um tom

O filme falhou em definir o tom da sua narrativa, já que, para alguns críticos, ele oscila entre a bobeira do pastelão a momentos de profundidade mais sombrios.

Mesmo com seu final trágico no qual Jack Sparrow parece ter morrido e momentos emocionantes como Elizabeth sacrificando o protagonista ao Kraken, a reviravolta final com os personagens protagonistas lutando contra vilões para recuperarem o coração de Davy Jones pareceu mais uma comédia do que um filme sombrio de piratas malignos.

O enredo da sequência foi muito complicado

Os personagens eram inconstantes e tornavam difícil para o público escolher alguém por quem torcer, já que eles se traíam e se enganavam constantemente. A preponderância dos vilões tornava cada um dos heróis tão frágeis que não tinha como acreditar em ninguém.

Esse problema se repetiu no quarto filme, Navegando em Águas Misteriosas, no qual o capitão Barbossa é, em diferentes pontos, um aliado e um malandro, e o interesse amoroso de Jack acaba se revelando uma grande vilã.

Jack Sparrow (Johnny Depp) em Piratas do Caribe
Jack Sparrow (Johnny Depp) em Piratas do Caribe (Reprodução)

O Baú da Morte dependia exclusivamente do protagonista Jack Sparrow, de Johnny Depp

Daqui em diante, aconteceu um fenômeno que não foi visto nos primeiros filmes de maneira tão expressiva: todo o filme ‘se encosta’ em um único personagem: Jack Sparrow.

Para entender isso, é necessário voltar ao primeiro filme, A Maldição do Pérola Negra.

Quando ele estreou, ninguém tinha certeza de que Jack seria o maior sucesso da franquia – embora isso fosse esperado. Por esse motivo, os criadores trataram de acrescentar uma história paralela à de Sparrow, caso o público não se interessasse muito pelo pirata de Depp, e foi assim que nasceu o romance entre Elizabeth e Will Turner.

Assim, depois do sucesso de Sparrow, os cineastas já não se preocupavam tanto com a elaboração de tramas profundas para outros personagens nos filmes que vieram em sequência, já que tinham certeza de que Jack Sparrow havia emplacado e se tornado a verdadeira cara da franquia.

Sparrow passou a ‘levar’ os filmes ao passo que outros personagens do elenco de apoio foram perdendo espaço cada vez mais com o passar dos anos.

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