Pandemia: diferenças entre sets de gravação no Brasil e nos EUA

Em 26 de março foi publicada a primeira portaria da Ancine determinando as novas regras de funcionamento para os cinemas no Brasil durante a pandemia. De lá até agora muitas mudanças aconteceram e promessas de abertura total não foram cumpridas.

Muitas vezes contrariando as normas sanitárias, o governo brasileiro deixou que os estados e municípios decidissem sobre o funcionamento de estabelecimentos como shoppings e bares.

Diversas cidades brasileiras nem chegaram a experimenta de fato um lockdown em alguns setores. Por isso, muitas vezes durante toda a crise gerada pelo Covid-19 era impossível dizer que a realidade é a mesma para o setor em todo o território nacional.

Por meio da Prefeitura Municipal de São Paulo, em 17 de março de 2020, a SPCine suspendeu a realização de gravações de qualquer tipo. Porém, após a abertura do estado as filmagens foram permitidas diante do cumprimento dos protocolos sanitários impostos pelo governo.

No site da instituição é possível ler:

“Na fase vermelha, as filmagens em espaços públicos são vedadas. Essa regulamentação também se aplica a qualquer outra atividade presencial relacionada às produções audiovisuais (como preparação, visitas técnicas, reservas de vagas) em espaços públicos da Cidade de São Paulo. Em relação às filmagens em espaços privados, recomendamos que estas não ocorram na fase vermelha em respeito às determinações do Protocolo de Segurança e Saúde no Trabalho do Audiovisual, assinado pelas associações Siaesp, Sindcine e Apro.”

Em comparação com o que ocorre em Hollywood, a regulamentação para a realização de produções televisivas ou cinematográficas também não é unificada. Obviamente, nos EUA a maior parte das produções são centralizadas em Los Angeles, onde as medidas foram um pouco mais rígidas, mas fora do estado os protocolos também variam.

De acordo com um documento publicado pela Departamento de Saúde Pública do Condado de Los Angeles, publicado em 27 de maio deste ano, é imprescindível que seja realizado:

“Teste pré-contratação para o vírus SARS-CoV-2 por testes de amplificação de ácido nucleico (NAAT) (como reação em cadeia da polimerase (PCR)) é necessária para todas as produções musicais, de TV e filmes, incluindo produções de curto prazo ou únicas, com a amostra coletada não mais do que 48-72 horas antes do contratado começar o trabalho”.

Recentemente uma nova variante do vírus, conhecida como Delta, tem preocupado produtores e empregadores do setor nos Estados Unidos. O país vinha experimentando a reabertura de casas de shows e a não exigência do uso de máscaras em espaços públicos, o que trouxe esperança para quem trabalha na indústria do entretenimento.

Porém, diante dos riscos que se impõem com a possibilidade de vacinados serem contaminados com a nova variante do COVID-19 este fim do pesadelo parece um pouco mais distante. No Brasil as mortes pelo Corona Vírus ultrapassaram os 500 mil há poucos meses e apenas 18% da população adulta está vacinada.

 

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