O Gambito da Rainha: diretor encerra possibilidade de segunda temporada

O diretor de O Gambito da Rainha, Scott Frank, deixou bem claro que não haverá uma segunda temporada da minissérie de sucesso da Netflix.

Em entrevista ao portal Deadline, enquanto segurava um Emmy em cada mão, o diretor foi bem claro ao dizer que, embora odiasse desapontar as pessoas, ele entende que não é possível fazer uma nova temporada, pois eles já “contaram a história que queriam contar”.

Para ele, se a série continuasse, ela simplesmente “estragaria” o que já foi contado.

“Sinto muito. Odeio desapontar alguém, mas não. Sinto que contamos a história que queríamos contar e me preocupo – vou colocar de outra forma – fico apavorado que, se tentarmos contar mais, nós arruinaríamos o que já contamos.”

O show é baseado em um livro homônimo lançado em 1983 e conta a história de Beth Harmon, uma menina órfã que é um gênio do xadrez e foi interpretada pela atriz Anya Taylor-Joy.

Na trama, Harmon se torna cada vez mais conhecida pelo seu talento como jogadora ao mesmo tempo em que lida com seus problemas de dependência de álcool e drogas.

O Gambito da Rainha foi lançado em outubro do ano de 2020 e, rapidamente, se tornou a minissérie mais assistida da Netflix, chegando até mesmo a influenciar muitas pessoas a aprenderem a jogar xadrez, fazendo com que a procura pelo jogo aumentasse nas lojas.

Anya Taylor-Joy em O Gambito da Rainha (Divulgação)

Nem todo mundo se tornou fã do show

Recentemente, a campeã de xadrez da vida real, Nona Gaprindashvili, que foi mencionada no episódio final do programa, não gostou nada de ter seu nome citado na série e decidiu processar a Netflix.

Acontece que, em um determinado momento, um personagem diz que ela só se tornou um grande nome no xadrez porque nunca disputou uma partida com um oponente masculino.

O site Screenrant divulgou a informação de que Nona está processando a Netflix por difamação, uma vez que, no ano de 1968, período que o final da série retrata, ela já havia competido contra pelo menos 59 jogadores do sexo masculino.

Sendo assim, alegando o pequeno momento de alguns segundos de duração a pintou sob uma luz falsa para o público, o documento diz:

“A alegação de que Gaprindashvili ‘nunca enfrentou homens’ é manifestamente falsa, além de ser grosseiramente sexista e depreciativa. A Netflix descarada e deliberadamente mentiu sobre as realizações de Gaprindashvili com o propósito barato e cínico de ‘intensificar o drama’, fazendo parecer que foi a heroína ficcional que conseguiu fazer o que nenhuma outra mulher, incluindo Gaprindashvili, fez.”

Agora, ela exige que a Netflix pague 5 milhões de dólares por danos à sua imagem e ainda retire a declaração da cena.

O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.

Veja mais ›