Conhecido por protagonizar sucessos como Motoqueiro Fantasma, A Lenda do Tesouro Perdido e A Outra Face, Nicolas Cage está pensando em se aposentar de grandes produções, por se sentir aterrorizado com a pressão sofrida nesse tipo de trabalho.
O ator deu uma entrevista a revista americana Variety, para falar sobre seu mais recente trabalho, o filme Pig, no qual ele interpreta um ex famoso Chef, que investiga o desaparecimento de seu querido porco, que lhe rendeu um Oscar.
Apesar de todo seus sucesso, Cage confessou durante a conversa que, graças a seu personagem em Pig, ele começa a ver a vida em Hollywood como algo que vai ficando para trás em sua vida.
“Sinto que fui para o meu próprio deserto e deixei a pequena cidade que é Hollywood. Eu não sei exatamente por que Rob deixou seu estrelato. Nunca é totalmente explicado, e gosto disso no filme. Mas, quanto a mim, não sei se gostaria de voltar. Não sei se gostaria de fazer outro filme da Disney. Seria assustador. É um clima totalmente diferente. Há muito medo aí”, ele revelou.
Apesar de ter se tornado famoso atuando em grandes produções como Motoqueiro Fantasma e 60 Segundos, o ator admitiu que perdeu o interesse por esse tipo de produção, devido todas as restrições impostas ao papel.
“Quando eu fazia filmes de Jerry Bruckheimer, era apenas um jogo de alta pressão. Teve muitos momentos divertidos, mas ao mesmo tempo, teve também: Nós escrevemos essa linha. Tem que ser dito assim. Eles colocavam uma câmera em você e o filmavam, e ordenavam: Agora diga a linha de rodinhas de patins. Eu dizia: Vou fazer isso, mas também gostaria de tentar desta forma. Em filmes independentes, você tem mais liberdade para experimentar e ser fluido. Há menos pressão e mais oxigênio na sala”, ele salientou.
Ele apontou Pig como uma oportunidade de mostrar ao público que ele sabe interpretar personagens mais sutis como Rob, que ele não é limitado apenas a papeis intensos.
“Eu queria me lembrar e também lembrar a algumas pessoas, talvez na audiência ou na mídia, que eu também poderia me aplicar a um estilo de performance muito mais calmo e medido. Eu tinha ido nessa ruptura, quase uma missão, para quebrar a forma com a performance do filme e o que era considerado bom desempenho por ser naturalista ou foto-realista ou minimalista”, ele contou.
O ator finalizou falando como foi prazeroso para ele atuar com a porca de Rob, por não existir competição para ser o melhor em cena, mas apenas o compartilhamento de um momento.
“Eu sempre fui próximo dos meus animais. Eu acho que muitas pessoas que estão sob os olhos do público provavelmente sentem isso também. Existe uma verdade aí. Às vezes, quando você conhece alguém que o conhece de um filme, mas não o conhece como você, essa pessoa quer enfraquecê-lo de alguma forma ou vê-lo como um competidor. Você não consegue isso com os animais, então os relacionamentos com os animais se tornam os mais próximos da família. Eles se tornam aqueles que não têm nada a esconder e só querem compartilhar este momento junto com você”, ele garantiu.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
