Mulher-Maravilha: Diretora mudou história traumática do filme

A diretora Patty Jenkins e o elenco de Mulher-Maravilha sempre mantiveram um diálogo aberto desde a criação do primeiro longa-metragem. Recentemente, foi divulgado que uma história presente no roteiro original, causou preocupação e espanto em boa parte da equipe, incentivando Jenkins a removê-la da trama.

O enredo traumático foi revelado por Connie Nielsen, intérprete da rainha Hipólita, mãe de Diana (Gal Gadot), durante uma conversa com o Collider. A atriz disse que a diretora se recusou a ter as Amazonas relacionadas à abusos sexuais:

“Ela foi muito clara sobre o que as Amazonas deveriam ser. E eu acho que originalmente havia alguma ideia de que as Amazonas eram profundamente traumatizadas por algum tipo de evento horrível, que envolvia estupro em massa. E Patty apenas disse, ‘Hm, não. Não, não, não vamos colocar isso nessas Amazonas. Não queremos começar a vê-las como vítimas”.

A discussão continuou, com Nielsen explicando que as amazonas precisam ser vistas como heroínas. A atriz lembra que Jenkins argumentou:

“Vamos nos livrar dessa parte e ter certeza de que são heroínas em seus próprios termos. Elas não serão as vítimas da história. São mulheres incrivelmente corajosas e não vamos sobrecarregá-las com um trauma desde o início. Vamos fazer com que sejam recebidos pelas pessoas com base em quem são. Qual é a sua cultura? Por que eles são tão ferozes? O que significa viver em uma ilha onde não há homens?”

Concordando com todos os argumentos da diretora, Nielsen acrescentou:

“Faz muito sentido, sabe? Você precisava que elas tivessem um passado descomplicado para poder aceitá-las como as heroínas que são”.

No ano passado, a própria Jenkins quase desistiu de continuar à frente da franquia da heroína da DC, após vazarem notícias sobre tensões nos bastidores com a Warner Bros. sobre seu salário em Mulher-Maravilha 1984.

Segundo a diretora, ela nunca quis que os valores do seu trabalho se tornassem público, porém, sabia que precisava lutar para receber o que era direito, a fim de dar o exemplo à todos os futuros (as) diretores (as), independentemente do sexo.

“Eu cheguei totalmente perto de ir embora. Comecei a me afastar. Eu estava indo embora. Tudo aquilo que estava acontecendo era extremamente desconfortável. Eu até disse, que ‘ficaria feliz em ir para outro estúdio e ganhar um quarto a mais, porque não é uma sequência por princípio.”

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