Baz Luhrmann, diretor de Moulin Rouge, contou que o filme que hoje é um clássico do cinema musical só se tornou realidade graças aos artistas que compõem a trilha sonora.
Em entrevista com o Cinema Blend, Baz contou que não tinha um nome conhecido em Hollywood, então ninguém em lugar nenhum queria saber de mashups de música e adaptações musicais.
A solução que ele encontrou foi a de entrar em contato direto com os músicos da músicas que ele queria incluir na produção: Elton John, Paul McCartney, David Bowie, entre outros.
Foi graças a Elton, contou ele, que o projeto foi para frente. Segundo ele, o cantor adorou a proposta do musical e fez a frente de falar com os estúdios para achar interessados no projeto:
“Então a única maneira que eu consegui que isso acontecesse foi que eu na verdade, eu não conhecia o Elton John. Quero dizer, depois nós nos tornamos grandes amigos e nós até mesmo escrevemos coisas juntos. Mas eu liguei para o Elton, ele disse ‘nossa, essa é uma grande ideia. Venha aqui em casa, me ver’. Então eu voei até Londres. E quando o Elton viu a ideia, ele disse ‘Isso é brilhante. Eu vou te ajudar a fazer isso aqui acontecer’. E ele tomou a frente e eu serei sempre muito grato ao Elton. Mas sem exagero, foram os artistas que ligaram para os produtores e fizeram acontecer.”
Paul McCartney e David Bowie também ajudaram diretor a achar produtora
Além de Elton, o ex-Beatle Paul McCartney e David Bowie também ajudaram o diretor na busca por patrocínio para o filme.
Ele também compartilhou na entrevista que Bowie o identificou com um artista semelhante a ele, que pega as emoções e as decodifica para o espectador:
“Quero dizer, o Paul McCartney, tipo, entrou nessa também. Você sabe eu entrei em contato com todos os artistas e aí uma das grandes alegrias de Moulin Rouge 20 anos depois foi que eu consegui trabalhar com um monte dos meus ícones e alguns deles eu só conheci e de alguns deles eu me tornei um grande amigo. David Bowie foi um grande ícone para mim. E eu liguei para ele e encontrei ele e ele viu a ideia e ele disse, ‘Você sabe, o que você está fazendo é decodificando para o público, as emoções. Então de um decodificador para o outro, eu estou dentro’. E o David, nós fizemos aquele trabalho. Ele gravou um vocal extraordinário, dos quais eu tenho um vocal não lançado, mas ainda assim maravilhoso. E depois anos depois, nos tornamos grandes amigos.”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
