Michelle Yeoh afirmou que não acha que as acusações de ‘trapaça’ sobre a indicação de Andrea Riseborough a Melhor Atriz no Oscar 2023 sejam verdade.
A atriz, que é uma das indicadas na categoria por sua performance em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, participou de uma entrevista no programa BBC Today (via Deadline). Durante a conversa, Michelle disse que confia na integridade da academia e que não é fácil enganar o sistema assim.
Andrea foi um ‘azarão’ na corrida pelo prêmio, sendo alvo de uma campanha de vários astros da indústria, e muita gente considerou sua indicação uma espécie de trapaça.
“Se isso fosse tão fácil de ser feito, certamente alguém já teria feito antes”, afirmou Yeoh. “A Academia sempre se orgulhou se ter regras e por jogar limpo e se enganá-los fosse fácil assim, isso já teria sido feito”.
Muito da indignação sobre o caso vem depois de grandes nomes que brilharam nas telonas no ano passado falharam em receber reconhecimento da Academia. Viola Davis e Danielle Deadwyler, que estrelaram A Mulher Rei e Till: Em Busca de Justiça respectivamente, eram alguns dos nomes que se esperava como indicadas.
Michelle lamentou não ver as duas atrizes junto com ela concorrendo à estatueta dourada, mas justifica o ocorrido apenas com ser muito difícil para todas as atrizes:
“Eu amo as duas demais, e eu queria que todas nós pudéssemos ganhar um Oscar mas é difícil, eu levei 40 anos para sequer ser indicada. Cada ator e atriz coloca seu melhor nesses filmes e você não entra neles pensando na indicação. As histórias que queremos contar são mais importantes que isso.”
Michelle Yeoh atribui indicação à conexão do filme com espectadores
Este ano, Michelle está fazendo história no Oscar, tendo se tornado a primeira atriz asiática indicada como Melhor Atriz nos 95 anos da premiação. Ao todo, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo conta com 11 indicações no evento, dentre elas melhor Atriz e Ator Coadjuvantes e Melhor Diretor, todos artistas asiáticos também.
Em entrevista seguindo as indicações deste ano, Michelle abriu o coração e explicou porque ela achava que o filme tinha sido tão bem recebido e elogiado:
“Somos um pequeno filme que tem um coração tão grande, amoroso e pulsante com o qual tantas pessoas se identificam. E acho que essa é a razão pela qual estamos aqui hoje com todas essas indicações, porque estamos recebendo uma demonstração de amor – tem sido um processo de cura. Não apenas no filme, mas [para] nosso público também, enquanto eles caminham pela jornada com essa mulher louca chamada Evelyn Wong.”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
