Liga da Justiça: Diretor de fotografia detona versão final de 2017

Em recente entrevista ao IndieWire, o diretor de fotografia de Liga da Justiça de Zack Snyder, Fabian Wagner admite que não esteve envolvido nas refilmagens da versão cinematográfica, lideradas por Joss Whedon.

Na ocasião, Zack Snyder precisou se afastar da direção do longa por motivos particulares e a Warner Bros. acabou contratando Whedon (Os Vingadores: Era de Ultron) para o seu lugar, que acabou reformulando todo o projeto.

Wagner foi questionado se houve um convite para trabalhar nas refilmagens de Whedon e ele admite que sim, porém como estava em outro projeto não pode aceitar. O profissional falou também sobre as mudanças entre as versões.

“Não tenho certeza, mas acho que o cara que fez a nossa segunda unidade foi quem trabalhou na maior parte (da fotografia) da versão cinematográfica. Na verdade, eu estava gravando um filme no mesmo estúdio onde eles estavam fazendo as refilmagens, então só apareci no set uma vez, o que foi uma experiência estranha. Foi muito diferente daquilo que tínhamos feito com Zack Snyder. Obviamente, eu sabia quantos dias eles estavam refilmando, então isso meio que dispara alarmes. Você pensa, ‘Uau, isso é um monte de coisa. Como vai funcionar?’ ”.
Fabian também explicou que seu trabalho não foi totalmente utilizado no filme:

“Eu conhecia o filme da forma como o rodamos, mas não tinha visto a versão final. Sim, e foi muito estranho. Foi uma experiência muito devastadora. Eu estava pensando em Zack e em todas as coisas horríveis pelas quais ele havia passado. Então, ver aquele filme, e ver o grau de cor e tudo o que almejamos e que fizemos em nossas corridas [os diários foram gerados com um grau de cor e tempo predeterminados], por exemplo, foi completamente diferente. Sim, quando assisti, eu fiquei muito arrasado.”

E Wagner não é a única pessoa envolvida com a Liga da Justiça que expressou estar arrasada com as mudanças feitas quando Whedon embarcou no projeto. O escritor Chris Terrio abriu recentemente sobre sua situação para a Vanity Fair.

“Eu entrei em depressão quando o filme foi reescrito. Mas eu nem me sentia no direito de ficar deprimido, considerando a tragédia que Zack e Debbie [Snyder, sua esposa e coprodutora] estavam passando na vida pessoal. Comparado com isso, perder o filme que você escreveu não é nada. Mas doeu. Era doloroso pensar que me importei tanto com esses personagens e não trabalhei em outra coisa por muito tempo.”

“O corte de 2017 foi um ato de vandalismo. Zack pode ser muito cavalheiro para dizer isso, mas eu não sou. Quando esses toques pessoais foram removidos do filme de 2017, fiquei em silêncio porque não pude realmente dizer nada, mas é claro que doeu. Tudo o que restou foi um esqueleto de dinossauro do que tinha sido uma grande e pesada besta.”

Liga da Justiça de 2017 se tornou um completo fracasso de crítica e público, levando os fãs a iniciarem a campanha pelo lançamento do Snyder Cut, que finalmente estreou no mês passado e se concretizou como um enorme sucesso.

No Brasil, Liga da Justiça de Zack Snyder pode ser alugado em múltiplas plataformas de vídeos on demand como: Apple TV, Claro NOW, Google Play, Looke, Microsoft, Playstation, Sky, UOL Play, Vivo e WatchBr, por R$ 49,90.

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