Com o lançamento de Eternos, novo filme da Marvel se aproximando, os atores do filme têm recebido cada vez mais atenção da imprensa. Um deles é Kumail Nanjiani, mas ele deixou claro que as perguntas constantes sobre o seu corpo estão o deixando bastante desconfortável.
Num bate-papo para a GQ ele disse que está cansado de ficar falando o tempo todo sobre como ficou fortão.
“Eu descobri no último ano e meio, desde que fiz aquela foto, que Sinto-me muito desconfortável falando sobre meu corpo – e ele está se tornando cada vez menos confortável”, disse ele.
A esposa do ator, Emily V. Gordon durante a mesma entrevista chegou a comprar o corpo dele com o corpo de uma garota na puberdade que passa a ser vista de maneira diferente por todas as pessoas apenas por ter seios crescendo.
Segundo Kumail, a mudança em seu corpo para ele teve mais do que benefícios estéticos e sim foi um recado para Hollywood.
“Se estou interpretando o primeiro super-herói do sul da Ásia, quero parecer alguém que pode enfrentar Thor ou o Capitão América, ou qualquer uma dessas pessoas”, disparou ele que não se arrepende de ter feito as postagens no seu Instagram em 2020, mostrando seu novo corpo musculoso.
“Eu queria diferentes tipos de oportunidades. Eu queria que a indústria me visse de forma diferente. Com pessoas morenas, há funções muito específicas que costumávamos ter. Ou estamos apavorados ou causando terror. Essas são as duas únicas opções que tínhamos. Ou estou consertando seu computador ou estou, tipo, planejando algo na bolsa de valores. Eu compartilhei isso especificamente para ser tipo: ‘Ei, eu precisava mudar a forma como as pessoas me viam para que eu pudesse ter o tipo de oportunidades que me entusiasmava’. E isso aconteceu! Agora eu consigo essas oportunidades. Não me refiro apenas a coisas de ação. Quero dizer, tipo, agora eu tenho a oportunidade de interpretar um cara normal. Eu não era visto como um cara normal antes disso”.
O único medo do ator é que sua mudança corporal possa ter refletido de forma negativa e levar as pessoas a pensarem que este é o ideal de masculinidade a ser seguido: aquele que precisa ser mostrado visualmente de forma agressiva.
“Muitas vezes somos ensinados a ser úteis usando a força física ou o cérebro de uma forma agressiva e competitiva. Não de uma forma empática. Não de uma forma aberta e colaborativa. É a mesma coisa quando você tem todos esses caras, tipo, pedindo às pessoas para debatê-los no Twitter. Isso é o mesmo que queda de braço. É sobre derrotar. E é isso que o ideal masculino tem sido. Dominando. Derrotando. Esmagamento. Matando. Destruindo. Isso é ser roubado”.
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