O ator James Franco foi acusado de má conduta sexual por duas ex-alunas que estudaram em sua escola de atuação, e que entraram com um processo contra ele. Agora, o astro de Homem-Aranha (2002) vai ter que desembolsar uma pequena fortuna para se livrar das acusações.
Segundo a revista Entertainment Weekly todos os detalhes do acordo foram expostos nesta semana. Ele teria se reunido com Sarah Tither-Kaplan e Toni Gaal – suas duas ex-alunas que o acusaram de assédio em 2019, e concordou na última quinta-feira (01) em pagar o valor de US$ 2.235.000 (O equivalente a pouco mais de 11 milhões de reais).
Como parte do acordo, ambas as partes concordaram com a seguinte declaração conjunta: “Embora os réus continuem a negar as alegações na Denúncia, eles reconhecem que os Demandantes levantaram questões importantes; e todas as partes acreditam fortemente que agora é um momento crítico para se concentrar em abordar os maus tratos das mulheres em Hollywood.”
“Todos concordam com a necessidade de garantir que ninguém na indústria do entretenimento – independentemente de raça, religião, deficiência, etnia, origem, gênero ou orientação sexual – enfrente discriminação, assédio ou preconceito de qualquer tipo”, continua o comunicado.
Dos US$ 2.235.000 do acordo, US$ 894.000 iriam para os dois ex-alunos que entraram com o processo, e US$ 1.341.000 entrariam em um fundo comum para o resto dos membros da ação coletiva. Tither-Kaplan receberia US$ 670.500, e Gaal receberia US$ 223.500 – já tirando os honorários advocatícios.
Acordo feito em fevereiro
De acordo com a Associated Press, um acordo foi alcançado em fevereiro entre Franco, Tither-Kaplan e Gaal, que processaram e alegaram que foram exploradas sexualmente por sua extinta escola de atuação.
A tal escola, chamada Playhouse West Studio 4, foi aberta em 2014, antes de fechar as portas em 2017.
No relatório de status de fevereiro deste ano, os dois lados disseram a um juiz que um acordo havia sido alcançado, de acordo com a AP. Como parte do acordo, Tither-Kaplan e Gaal concordaram em retirar suas reivindicações individuais contra Franco.
“Os Demandantes podem confirmar que as partes apresentaram um Relatório de Status Conjunto notificando o Tribunal de um acordo provisório. O acordo será ainda mais memorializado em uma estipulação conjunta de acordo a ser apresentado ao Tribunal em uma data posterior”, foi divulgado via comunicado na época.
No processo de 2019, Tither-Kaplan e Gaal alegaram que Franco e seus parceiros de negócios “se envolveram em um comportamento inapropriado e sexualmente carregado em relação às alunas do sexo feminino, sexualizando seu poder como professor e aluno, oscilando a oportunidade de papéis em seus projetos”, de acordo com documentos judiciais obtidos anteriormente pela revista People.
Os autores da ação também alegaram que as circunstâncias “levaram a um ambiente de assédio e exploração sexual dentro e fora da classe”.
Na época, um advogado de Franco negou cada uma das alegações e citou os comentários do ator em 2018 no The Late Show como sua negação formal.
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