James Cameron critica serviços de streaming: “estou cansado”

Diretor defende a experiência do público no cinema

O diretor James Cameron, que é dono de alguns dos filmes de maior bilheteria de todos os tempos, afirmou que ‘está cansado dos serviços de streaming’ e acredita que o mundo precisa dos cinemas.

Seu mais novo filme, Avatar: O Caminho da Água está praticamente no topo da lista de maiores bilheterias de todos os tempos, com a marca de 1,750 milhões de dólares de faturamento.

Enquanto participava do Globo de Ouro, o diretor concedeu uma entrevista à Revista Variety, na qual falou sobre o assunto.

Ao ser questionado sobre o motivo do sucesso de seu filme, ele disse que tem certeza de que isso está ligado ao desejo do público de viver a experiência de estar nas salas de cinema.

“Eu penso que estamos voltando para os cinemas do mundo todo. Eles vão passar até nos cinemas da China, onde estamos vendo esse enorme ressurgimento da COVID. Estamos dizendo, como sociedade: ‘Precisamos disso! Precisamos dos cinemas!’ Chega de streaming! Estou cansado de ficar sentado em casa”, afirmou o diretor.

Zoë Saldaña como Neytiri em Avatar: O Caminho da Água
Zoë Saldaña como Neytiri em Avatar: O Caminho da Água (Reprodução / 20th Century Studios)

Essa não é a primeira vez que Cameron comenta sobre este assunto. Em outras entrevistas, ele já deixou claro que acredita no poder do cinema e nesse desejo do público de ver o filme nas telonas.

O diretor é conhecido por não se apressar em lançar seus filmes, mas levar o tempo necessário para que eles saiam como planejado e ofereça ao público um espetáculo completo.

O resultado é o que foi visto no primeiro Avatar, que está se refletindo no segundo e tem tudo para se repetir nas sequências planejadas para saírem em 2024, 2026 e 2028, respectivamente.

James Cameron no set de Avatar 2 (Divulgação)
James Cameron no set de Avatar 2 (Divulgação)

James Cameron cortou cenas de armas de fogo em Avatar 2

Recentemente, Cameron explicou que preferiu cortar 10 minutos de violência armada do filme. Ele explicou que não deseja incentivar a violência com suas produções, e destacou episódios sangrentos com armas de fogo nos Estados Unidos.

“Na verdade, cortei cerca de 10 minutos do filme visando a ação com armas de fogo. Eu queria me livrar de um pouco da feiúra, encontrar um equilíbrio entre a luz e a escuridão. Você tem que ter conflito, é claro. Violência e ação são a mesma coisa, dependendo de como você olha para isso. Esse é o dilema de todo cineasta de ação, e todos me conhecem como um cineasta de ação”.

“Eu olho para trás em alguns filmes que fiz e não sei se gostaria de fazer aquele filme agora. Não sei se gostaria de fetichizar a arma, como fiz em alguns filmes do Exterminador do Futuro há mais de 30 anos. O que está acontecendo com as armas em nossa sociedade revira meu estômago.”

“Estou feliz por morar na Nova Zelândia, onde eles baniram todos os rifles de assalto duas semanas depois daquele horrível tiroteio na mesquita alguns anos atrás”, disse ele.

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