Central do Brasil foi um dos grandes sucessos do cinema nacional, tanto que Fernanda Montenegro conseguiu uma indicação ao Oscar pelo filme.
Ela disputou o prêmio de Melhor Atriz com Meryl Streep, Cate Blanchett e Gwyneth Paltrow, mas quem levou o troféu foi Paltrow por Shakespeare Apaixonado.
Em uma entrevista para revista Veja, Montenegro relembrou sua passagem pelo Oscar em 1999, e disse:
“Prêmios, às vezes, vêm. Às vezes, não. O momento daquele Oscar foi inesperado. E daí? O filme de Walter Salles continua sendo um ‘não Oscar’ maravilhoso. A vida continuou. A vida continua”.
No dia 4 de novembro, Fernanda Montenegro foi eleita para a cadeira de número 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A atriz recebeu 32 votos dos acadêmicos, sendo dois brancos e um nulo.
Em defesa de Montenegro
No final do ano passado, a atriz Glenn Close compartilhou em um vídeo sua indignação com o fato de Fernanda Montenegro ter perdido o Oscar de Melhor Atriz para Gwyneth Paltrow.
“Eu me lembro o ano em que Gwyneth Paltrow ganhou no lugar daquela atriz incrível que fez Central do Brasil. Eu pensei: O que? Não faz sentido”.
Por sua vez, Fernanda Montenegro falou no programa Conversa com Bial sobre o comentário que Glenn Close fez.
“Eu acho uma coisa: é uma avaliação dela porque eu, por exemplo, teria dado o prêmio para a Blanchett, porque ela fez duas Elizabeths naquele ano… extraordinárias, duas. Não foi um filme, foram dois filmes, de uma forma maravilhosa. Não é que o meu trabalho não seja respeitado. Não é isso. Mas eu teria votado na Blanchett”.
O peso do Oscar
Em uma entrevista para o Sirius XM, Gwyneth Paltrow revelou que após ganhar o Oscar ela percebeu que não gostava muito de atuar.
“Eu meio que me senti, bem, agora quem eu deveria ser? Tipo, o que eu sou, para onde estou indo? Não tinha consciência disso no momento, mas, francamente – acho que parte de mim, parte do brilho de atuar, foi embora. Estar sob intenso escrutínio público, ser como uma criança que vive todas as suas separações em todas as manchetes”.
“E também, é tão transitório, você está sempre perdida. É difícil fincar raízes. Sou uma pessoa tão caseira, você me conhece, gosto de estar com meus velhos amigos e cozinhar e abraçar meus filhos. Eu não quero ficar sozinha em um quarto de hotel em Budapeste por seis semanas. Tipo, simplesmente não é quem eu sou“.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
